Comissão Interamericana de Direitos Humanos condena "práticas de terrorismo" na Venezuela
CIDH orienta pôr fim imediatamente às práticas que violam os direitos humanos e que a ordem democrática e o Estado de Direito devem voltar ao país
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou, nesta quinta-feira (15), as "práticas de violência institucional" realizadas pelo governo de Nicolás Maduro no contexto eleitoral venezuelano, incluindo repressão violenta, detenções arbitrárias, perseguição política, uso arbitrário da força e assédio judicial. "O regime no poder está a semear o terror como uma ferramenta para silenciar os cidadãos e perpetuar o regime autoritário oficial no poder. A Venezuela deve pôr fim imediatamente às práticas que violam os direitos humanos e restaurar a ordem democrática e o Estado de direito,' afirmou.
Após o pleito realizado no final de julho deste ano, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) disse que Nicolás Maduro foi eleito presidente da Venezuela. No entanto, as atas eleitorais, que atestariam a lisura do processo, não foram divulgadas. O órgão eleitoral é aliado do Maduro.
A líder da oposição, María Corina Machado, e o candidato opositor a Maduro, Edmundo González, afirmam que houve fraude na eleição e que o resultado eleitoral é falso. Segundo eles, o vencedor foi o González.
Mediando a situação tenta no país vizinho, o presidente Lula disse nesta quinta-feira (15) que uma nova eleição venezuelana seria um caminho possível para restabelecer a ordem. Para María Corina, seria uma "falta de respeito" com a população a hipótese levantada por Lula.