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Lula diz que ainda não reconhece vitória de Maduro e sugere nova eleição na Venezuela

Segundo o presidente, não é possível apontar o vencedor sem a apresentação dos dados

Lula diz que ainda não reconhece vitória de Maduro e sugere nova eleição na Venezuela
Lula em entrevista a uma rádio | Reprodução/YouTube
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (15), que ainda não reconhece a reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Em entrevista à Rádio T, do Paraná, o chefe do Palácio do Planalto disse que o resultado do pleito só poderá ser confirmado após a divulgação dos dados.

"Ainda não [sobre reconhecer Maduro presidente eleito], ele sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo", disse Lula.

+ Crise na Venezuela testa liderança de Lula e Petro na América do Sul

O presidente ainda falou sobre a conversa que teve nessa quarta (14) com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para buscar uma saída ordeira e democrática na Venezuela. Em dias anteriores, Lula e Petro também se reuniram com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que acabou abandonando as intermediações.

"Ontem, tive reunião com presidente da Colômbia, e tive outra antes com Colômbia e México para encontrar uma saída. Tem que apresentar os dados. Agora, os dados devem ser apresentados por algo que seja confiável. O Conselho Eleitoral da Venezuela, que tem gente da oposição, podia ser, mas ele mandou para a Suprema Corte dele", disse Lula.

+ Brasil e Colômbia não descartam sugerir nova eleição na Venezuela

O conselho citado por Lula, na verdade, também já está sob controle de Maduro. O órgão que deveria fiscalizar a eleição definiu como "ilegal" um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento do organismo internacional criticou e não considerou legitimidade das eleições venezuelanas.

Apesar disso, Lula apresentou como possível soluçao a convocação de novas eleições no país vizinho e sugeriu "bom senso" a Maduro para que organize o pleito com transparência.

"Se ele [Maduro] tiver bom senso, ele poderia fazer conclamação ao povo e convocar novas eleições. A partir daí, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo e deixar olheiros do mundo inteiro observarem as eleições", apontou.

+ ONU diz em relatório "confidencial" que eleição na Venezuela não cumpriu requisitos para ser confiável

Lula lembrou que Maduro tem mandato até o final do ano, e até lá, é o presidente da Venezuela, indepedentemente da confirmação do último pleito ou da realização de um novo processo eleitoral.

"Aqueles que querem que a oposição seja vitoriosa, eu não posso dizer que ela foi vitoriosa porque eu não tenho os dados. E muito menos, da mesma forma, eu não posso falar que o Maduro venceu porque eu nao tenho os dados. Eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, eu sou favorável ou contra", disse.

O presidente falou ainda sobre as relações comerciais do Brasil com a Venezuela, que chegaram a ter um superávit de US$ 4 bilhões e foram enfraquecendo devido ao caos político que o país vizinho vive já há algum tempo.

Ao comentar conversa com Maduro antes das eleições, Lula afirmou ter dito que a única saída para a Venezuela voltar à normalidade e ter as sanções retiradas seria a realização de um processo eleitoral democrático e transparente.

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