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Chefe da ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza após Israel anunciar nova ofensiva

Militares se movimentam para assumir o controle da Cidade de Gaza, no norte do enclave palestino

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Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres | Reprodução/Twitter antonioguterres
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, emitiu uma nota na noite de quarta-feira (20) pedindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. A declaração veio horas após Israel anunciar uma nova ofensiva na região palestina, desta vez para ocupar a Cidade de Gaza.

“É vital alcançar imediatamente um cessar-fogo em Gaza e a libertação incondicional de todos os reféns, e evitar a morte e a destruição maciças que uma operação militar contra Gaza inevitavelmente causaria”, disse Guterres.

O plano de Israel para assumir o controle total da Cidade de Gaza já havia sido criticado pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU nos Territórios Palestinos. A entidade advertiu que a decisão de Tel Aviv levará a massacres de civis, deslocamentos forçados e à destruição de infraestrutura essencial.

Isso porque, apenas nas últimas duas semanas, foram registrados 54 ataques na Cidade de Gaza. Nos bombardeios, segundo o escritório, teriam morrido pelo menos 87 palestinos, incluindo até 25 crianças, 24 homens e 12 mulheres. Em alguns casos, famílias inteiras foram mortas em abrigos.

No caso dos deslocados, a entidade afirma que Israel continua emitindo ordens para os palestinos seguirem para a área de Al Mawasi. No local, no entanto, a grande maioria têm pouco ou nenhum acesso a serviços e suprimentos essenciais, incluindo alimentos, água, eletricidade e tendas, além de estarem sujeitos a ataques.

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“Em 16 e 17 de agosto, registramos cinco ataques a tendas de deslocados internos em Al Mawasi, matando pelo menos nove pessoas”, disse o escritório. “O risco de fome também está em toda parte. Alcançar suprimentos disponíveis pode ser uma busca mortal. Desde 27 de maio, 1.857 palestinos foram mortos enquanto buscavam comida. A maioria desses assassinatos parece ter sido cometida pelos militares israelenses”, completou.

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