CEO da Boeing, Dave Calhoun renuncia ao cargo em meio à crise
Fabricante de aviões americanas está sob investigação após uma série de acidentes envolvendo uma de suas aeronaves
O CEO da Boeing, Dave Calhoun, anunciou que deixará o cargo no final do ano. A saída do executivo acontece em meio a uma crise na fabricante de aviões após uma série de incidentes com o avião 737 MAX.
Além de Calhoun, o presidente do conselho, Larry Kellner, e Stan Deal, presidente e CEO da unidade de aviões comerciais, também anunciaram que deixarão o cargo. Stephanie Pope ficará responsável pela divisão deixada por Deal.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) colocou a empresa sob intenso escrutínio e recentemente ordenou uma auditoria nas linhas de montagem de uma fábrica da Boeing perto de Seattle, onde a empresa constrói aviões como o 737 Max da Alaska Airlines, que sofreu uma explosão no painel da porta em 5 de janeiro.
Segundo investigação do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes do país, a falta de danos na fuselagem do avião onde a porta se desprendeu indicam que todos os quatro parafusos que deveriam estar segurando a porta, não estavam lá na hora que o avião decolou em Portland, no estado de Oregon.
![Porta do avião MAX da Boeing, que apresentou uma série de problemas | Reprodução](https://sbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/Porta_do_aviao_MAX_da_Boeing_que_apresentou_uma_serie_de_problemas_Reproducao_5e2f1eb1b4.jpeg)
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O incidente aumentou as questões sobre a qualidade de fabricação da Boeing, que começaram com a queda de dois jatos Max 8 em 2018 e 2019, matando 346 pessoas. Em 2021, a Boeing chegou a um acordo com o Departamento de Justiça para evitar um processo criminal sob a acusação de conspirar para fraudar os reguladores governamentais ao não descrever com precisão um sistema de controle de voo que estava envolvido nos acidentes.
Com os anúncios dessa segunda-feira (25), as ações da empresa subiram mais de 2% antes da abertura do mercado.