Cachorra é devolvida para família 18 meses após ataque do Hamas em Israel
Animal desapareceu no ataque de 7 de outubro e foi reconhecido por soldados israelenses em Gaza

SBT News
Uma cachorra foi devolvida para sua família 18 meses após desaparecer durante ataque do Hamas em Israel.
Rachel Dancyg nunca imaginou que veria sua cachorra novamente após o ataque em 7 de outubro de 2023, que marcou o início da guerra entre Israel e Hamas.
Na ocasião, seu ex-marido e seu irmão foram sequestrados no Kibutz Nir Oz, no sul de Israel, e mortos. Dancyg acreditava que Billie, sua cadela da raça Cavalier King Charles Spaniel, também havia sido morta. Por isso, foi difícil acreditar quando, na noite de terça-feira (15), um soldado telefonou para informar que o animal havia sido encontrado com vida em Gaza.
“É um milagre”, declarou Dancyg à Associated Press na quarta-feira, poucas horas depois do reencontro com Billie, que hoje tem 3 anos e meio. “Não faz sentido... As pessoas não sobreviveram. Como ela sobreviveu?”, questiona.
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Não se sabe como Billie chegou a Gaza. Quando os militantes entraram na casa de Dancyg, ela se refugiou com a família em um quarto seguro durante oito horas. Eles fugiram rapidamente, sem conseguir procurar pela cadela. A comunidade vasculhou a região durante meses, mas sem sucesso. A família acabou se mudando para o norte de Israel.
Segundo o soldado, Billie foi encontrada na cidade de Rafah, no sul de Gaza, cerca de 15 km do kibutz. Ela se aproximou dos soldados e permaneceu com eles, provavelmente por reconhecer o idioma hebraico.
O soldado da reserva Aviad Shapira contou à televisão israelense que encontrou a cadela entre os escombros e a chamou. “Eu disse ‘shalom’ e ela pulou em mim”, relatou.
Ele levou Billie ao veterinário, onde identificaram os dados da família através do chip do animal.
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 deixou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 pessoas sequestradas. Quase 60 reféns ainda permanecem em Gaza, sendo que mais da metade são considerados mortos. A ofensiva israelense em resposta ao ataque já provocou a morte de mais de 51 mil palestinos, segundo autoridades de saúde locais, incluindo mulheres e crianças, e destruiu grandes áreas da Faixa de Gaza.
*com informações da Associated Press