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Dois belgas são presos no Quênia tentando traficar 5 mil formigas

Detidos alegaram que coletavam insetos por diversão, mas autoridades apontam tráfico de espécies nativas para Europa e Ásia; formigas estavam em tubos de ensaio

Imagem da noticia Dois belgas são presos no Quênia tentando traficar 5 mil formigas
Belgas presos no Quênia com cinco mil formigas nativas em tubos de ensaio| Reprodução/X (ex-Twitter)/Kenya Wildlife Service
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Dois adolescentes belgas foram acusados de tráfico de vida selvagem nesta terça-feira (15), no Quênia, após serem flagrados com 5 mil formigas nativas armazenadas em tubos de ensaio.

Lornoy David e Seppe Lodewijckx, ambos de 19 anos, foram presos no condado de Nakuru, onde estavam hospedados em uma pousada. As formigas foram encontradas em 2.244 tubos de ensaio com algodão, técnica usada para mantê-las vivas por meses.

Foram encontrados mais de 2 mil tubos de ensaio com formigas na pousada onde estrangeiros estavam hospedados | Reprodução/X/ Kenya Wildlife Service
Foram encontrados mais de 2 mil tubos de ensaio com formigas na pousada onde estrangeiros estavam hospedados | Reprodução/X/ Kenya Wildlife Service

Durante audiência, os jovens afirmaram ao juiz que coletavam os insetos por diversão e não sabiam que a prática era ilegal. No entanto, autoridades quenianas classificaram o caso como parte de uma tendência crescente de tráfico de espécies menores e menos conhecidas.

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Na mesma audiência, Dennis Ng’ang’a, do Quênia, e Duh Hung Nguyen, do Vietnã, também foram acusados de tráfico, após serem detidos com 400 formigas.

O Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS, na sigla em inglês) informou que os quatro envolvidos traficavam as formigas para mercados na Europa e Ásia. As espécies encontradas incluíam a messor cephalotes, uma formiga ceifadeira de grande porte e cor avermelhada, nativa da África Oriental.

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Segundo o KWS, a exportação ilegal dessas espécies afeta os direitos soberanos do país sobre sua biodiversidade e priva comunidades locais e instituições de pesquisa de possíveis benefícios ecológicos e econômicos.

O Quênia já tem um histórico de combate ao tráfico de partes de grandes animais selvagens, como elefantes, rinocerontes e pangolins. Para o KWS, o caso representa uma mudança nas tendências do tráfico, que agora atinge também espécies menos conhecidas, mas ecologicamente relevantes.

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As autoridades quenianas estimaram o valor das formigas em 1 milhão de xelins quenianos, o equivalente a cerca de US$ 7.700.

*Com informações da Associated Press

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