Brasileiro é preso suspeito de ser mentor de assalto milionário no Paraguai
Fábio Dornaldo Moraes, de 42 anos, teria planejado o roubo de mais de US$ 16 milhões de uma associação de cambistas de Ciudad del Este
Um brasileiro foi preso no Paraguai suspeito de ter participado do assalto milionário a uma associação de cambistas de Ciudad del Este, em 3 de fevereiro. O criminoso, identificado como Fabio Dornaldo de Moraes Schultz, o "Gordinho", é gaúcho e foi capturado por câmeras de segurança no dia do roubo.
Ele foi detido na manhã desta quinta-feira (15) durante uma operação da Polícia Nacional. Fabio estava escondido em uma propriedade do ex-prefeito do distrito de Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha à Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, e tentou fugir no momento da chegada dos agentes, mas acabou capturado.
Um outro suspeito, identificado como Fabricio Ayala, também estava no local, mas conseguiu escapar.
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Segundo a Polícia Nacional, o brasileiro de 42 anos teria planejado o roubo de mais de US$ 16 milhões (cerca de R$ 80 milhões) da Associação de Cambistas da região que faz fronteira com Foz do Iguaçu (PR).
A polícia do Paraguai já desconfiava da participação de facções criminosas brasileiras, especialmente o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho, no roubo, o que fez com que a Polícia Federal do Brasil se unisse às investigações.
O assalto ocorreu na Associação de Trabalhadores de Câmbio, onde 148 cambistas deixaram o dinheiro guardado na sede sem a necessidade de declarar o valor para a associação. O crime teria ocorrido no sábado (3), mas só foi descoberto na segunda-feira (5), quando os doleiros chegaram para trabalhar.
Túnel de 150 metros
Para a execução, os criminosos cavaram um túnel de 150 metros para acessar Associação de Trabalhadores de Câmbio que trabalham em Ciudad del Este. O cofre continha recursos de aproximadamente 150 associados.
Segundo os policiais, as roupas e outros elementos coincidem com os registros de um vídeo do momento do roubo. A investigação aponta envolvimento de uma facção criminosa brasileira no roubo.
As vítimas encontraram as bolsas que estavam guardadas em cofres jogadas no chão e vazias. Nas imagens, é possível ver parte do túnel onde foram deixados explosivos que seriam armadilhas para os policiais que entrariam no local.
Na entrada do túnel, os agentes encontraram baterias usadas para iluminação, tubos plásticos possivelmente usados para garantir a ventilação, além de anotações em português.
