Brasileira morre após cair de quarto andar de prédio na Holanda
Jovem estava apenas com o namorado, um holandês de 53 anos, no momento do acidente. Polícia holandesa concluiu que não houve crime
SBT News
Uma brasileira de 32 anos morreu depois de cair do quarto andar de um prédio em Breda, na Holanda. Taiany Caroline Martins Matos morava com o namorado, o holandês Edgard Van de Boom, 53, e, no momento do acidente, só havia os dois no apartamento.
O caso foi registrado na última sexta-feira (3). Contudo, a família da brasileira, nascida em Planaltina, no Distrito Federal, ainda não conseguiu arrecadar o valor do traslado do corpo. O custo, segundo eles, é de 7 mil euros (cerca de R$ 44 mil).
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Ainda segundo os familiares, o inquérito do caso foi encerrado em menos de 24 horas no país e as investigações apontaram que foi uma fatalidade. Eles suspeitam, no entanto, de Edgard. Ao SBT, contaram que o homem era bastante ciumento e pediram justiça.
"Ela largou o serviço tem uns três meses e foi morar com ele. Ele dava uma vida boa para ela, mas com restrições, restrições de amizades, de sair", contou Nayani Martins, irmã de Taiany Caroline.
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"Eu só quero enterrar minha filha. Quero justiça, porque ela saiu daqui com vida e agora vou ter que receber a minha filha dentro de um caixão", lamenta Eliane Martins, mãe da jovem.
A mãe lembra que a filha, que era pedagoga, veio ao Brasil para passar as festas de fim de ano e voltou para a Europa dia 27 de dezembro. Taiany morava há seis anos na Bélgica e havia se mudado há pouco tempo para a Holanda. Ela ia se casar com Edgard.
"Ela era tudo para mim. Ela era uma filha feliz, uma filha que gostava de viver. Tudo que ela fazia era por mim. E hoje eu estou aqui sofrendo a dor desse luto", lamenta.
A família abriu uma vaquinha solidária para tentar arrecadar o valor.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, afirmou que acompanha o caso e permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da cidadã brasileira.
Leia a nota na íntegra:
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, acompanha o caso e permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da cidadã brasileira.
O atendimento consular prestado pelo governo brasileiro é feito a partir de contato do cidadão interessado ou, a depender do caso, de sua família. A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional. Para saber o que uma repartição consular do Brasil pode ou não fazer, recomenda-se consulta à seguinte seção do Portal Consular do Itamaraty: https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/portal-consular/assistencia-consular
Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros"