Agência de Proteção Ambiental dos EUA suspende 144 funcionários após carta criticando governo Trump
Informação foi divulgada pelo jornal The New York Times; funcionários foram colocados em licença administrativa de 15 dias, depois de criticarem agência

SBT News
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) suspendeu 144 funcionários nesta quinta-feira (3) e abriu uma investigação interna depois que eles assinaram uma carta acusando o governo Trump de politizar, desmontar e marginalizar a agência. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times. Os funcionários foram colocados em licença administrativa.
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O jornal norte-americano teve acesso ao e-mail enviado aos funcionários, informando que eles estavam afastados por duas semanas, “enquanto uma investigação administrativa é conduzida”.
A decisão da agência ocorreu um dia após a carta enviada pelos funcionários, na segunda-feira (30), em que eles expressavam preocupação com decisões pautadas por interesses políticos, em vez de baseadas na Ciência e na legislação. No documento, os autores citaram comunicados recentes da EPA que reproduzem falas do presidente Trump sobre o meio ambiente, incluindo a descrição do carvão como “belo” e “limpo”, mesmo sendo ele o combustível fóssil mais poluente e uma das principais fontes de gases de efeito estufa.
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Em resposta ao New York Times, a agência afirmou que as medidas são justificadas porque os funcionários assinaram a carta usando seus cargos oficiais e porque o conteúdo do documento atacava diretamente a liderança da EPA.
“A Agência de Proteção Ambiental adota uma política de tolerância zero com burocratas de carreira que agem de forma ilegal para minar, sabotar e enfraquecer a agenda da administração, aprovada pelo grande povo deste país em novembro passado”, declarou Brigit Hirsch, porta-voz da agência.
Justin Chen, segundo vice-presidente do American Federation of Government Employees Council 238, sindicato que representa mais de 8 mil trabalhadores da agência, classificou a medida como “claramente um ato de retaliação”. Ele afirmou que o sindicato vai “proteger seus membros com todos os recursos legais possíveis”.