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Afeganistão e Paquistão firmam cessar-fogo após semana de confrontos na fronteira

Autoridades confirmaram um “cessar-fogo abrangente e significativo”; acordo foi mediado pelo Catar e pela Turquia

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Paquistão na fronteira com Afeganistão. | REUTERS/Fayaz Aziz
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Autoridades do Afeganistão e do Paquistão confirmaram neste domingo (19) um acordo de cessar-fogo imediato e abrangente, após uma semana de violentos confrontos na fronteira entre os dois países. A medida foi alcançada durante negociações realizadas em Doha, capital do Catar, com mediação do governo catariano e da Turquia.

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De acordo com um comunicado divulgado pelo Talibã, o entendimento representa um “cessar-fogo abrangente e significativo”. O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou nas redes sociais que “ambos os lados estão comprometidos em resolver problemas e disputas por meio do diálogo”.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar confirmou que as reuniões de sábado (18) buscaram “garantir a sustentabilidade do cessar-fogo e verificar sua implementação de maneira confiável e sustentável”.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, também confirmou o acordo em publicação no X, ressaltando que as delegações voltarão a se reunir no próximo sábado (25 de outubro), em Istambul, para discutir “assuntos detalhados”.

Reações

O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Mohammad Ishaq Dar, celebrou o resultado das negociações, classificando o entendimento como “o primeiro passo na direção certa”.

O porta-voz do governo afegão, Zabihullah Mujahid, informou que o acordo prevê a criação de um mecanismo internacional de monitoramento, sob mediação de países intermediários, para assegurar a implementação efetiva do cessar-fogo.

Os combates recentes, considerados os mais intensos desde 2021, começaram depois que Islamabad exigiu que Cabul controlasse militantes acusados de atacar o território paquistanês a partir do Afeganistão. O Talibã nega abrigar combatentes e acusa o exército paquistanês de espalhar desinformação e acolher grupos ligados ao Estado Islâmico, em tentativa de minar a estabilidade afegã.

Dezenas de pessoas teriam morrido nos confrontos, que levaram os dois países a anunciar um cessar-fogo temporário de 48 horas na quarta-feira (15), antes da reunião definitiva em Doha.

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