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Acordo UE-Mercosul: entenda os impactos para o Brasil

Estudo projeta crescimento das importações, exportações e do PIB até 2040; acordo histórico foi firmado nesta sexta (6) durante encontro no Uruguai

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O acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, firmado nesta sexta-feira (6), foi mais um passo importante nas relações comerciais do bloco latino-americano, mas ainda precisa superar etapas burocráticas. Entre elas, está a aprovação dos termos pelos congressos e parlamentos dos países envolvidos. Mas especialistas e líderes políticos projetam impactos positivos para a economia brasileira.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma projeção sobre os efeitos do acordo até 2040. Caso as novas regras já estivessem em vigor neste ano, as importações seriam alavancadas com pico de crescimento de 3,4% até 2034. As exportações aumentaram continuamente, alcançando 3% de alta no final do período. O Ipea também prevê um aumento gradual no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, chegando a 0,46% em 2040.

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, destacou as oportunidades econômicas proporcionadas pelo acordo. “Estamos falando de 27 países da União Europeia, dos mais ricos do mundo. Muitas oportunidades podem ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer, aumentar as exportações e a renda do emprego, além de reduzir a inflação”, afirmou.

Segundo especialistas, a ausência de barreiras comerciais pode favorecer a presença de produtos europeus nos supermercados brasileiros, como vinhos portugueses e queijos franceses. Contudo, a acessibilidade desses produtos para toda a população dependerá de fatores como variação cambial.

No setor automotivo, cláusulas de salvaguarda foram incluídas para proteger a produção nacional. “Essas cláusulas oferecem ferramentas importantes para lidar com níveis elevados de importação no setor”, detalhou Constanza Negri, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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O agronegócio brasileiro também deve se beneficiar, com ampliação das exportações para o mercado europeu. Para Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro, o acordo reforça a confiança na qualidade dos produtos nacionais. “Consumidores europeus exigem atributos sofisticados. Esse reconhecimento amplia a demanda pelos nossos produtos”, concluiu.

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