Maduro vai à Rússia se encontrar com Putin em meio à crise com Guiana
Segundo o Kremlin, reunião acontece neste mês, mas ainda não tem data definida
SBT News
Em meio à crise com a Guiana, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, visitará à Rússia ainda este mês para se encontrar com Vladimir Putin. A viagem estava marcada desde outubro, mas o período exato foi anunciado somente nesta semana pelo Kremlin.
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"É muito cedo para anunciar uma data. Concordamos que o senhor Maduro poderia visitar Moscou em dezembro há algum tempo e, quanto às datas, parece que faremos uma confirmação nos próximos dias", informou o assessor presidencial Yury Ushakov.
Ushakov não deu detalhes sobre o encontro bilateral e se os líderes discutirão a disputa da Venezuela com a Guiana pelo território de Essequibo.
A província de Essequibo, uma área rica em minerais que compõem 74% do território guianês, é reivindicada pela Venezuela desde 1841. Nesta semana, o governo de Nicolás Maduro apresentou um projeto de lei para anexar a região e criar um novo estado venezuelano. A decisão foi tomada após 95% votarem a favor do plano.
A ação foi criticada pela Guiana, sobretudo por Maduro ter apresentado um novo mapa da Venezuela, incluindo a região de Essequibo. O país acionou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e reforçou a proteção na fronteira, além de pedir o auxílio de nações aliadas, como Brasil e Estados Unidos.
Na 5ª feira (7.dez), os Estados Unidos anunciaram operações militares aéreas na Guiana. As manobras foram feitas em parceria com a Força de Defesa da Guiana (GDF) e representam "reforço na parceria de segurança entre Estados Unidos e Guiana e na cooperação regional" entre os dois países, disse Washington, em comunicado.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladímir Padrino López, classificou a operação como uma "infeliz provocação dos Estados Unidos" e afirmou que o país não será "desviado das suas ações para a recuperação do Essequibo".
A expectativa é que Putin declare apoio à Venezuela, e se coloque contra os Estados Unidos na disputa.