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Lula lamenta falta de acordo Mercosul-UE, mas diz que documento ainda é "insuficiente"

Presidente da República admitiu que conversou com diversos presidentes dos países da UE, mas acordo comercial "não deu certo"

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta 5ª feira (7.dez), a falta de consenso entre Mercosul e União Europeia (UE) para assinatura de um acordo comercial entre os dois blocos. Ele admitiu ter empenhado grandes esforços nas negociações, mas afirmou que o conteúdo do documento ainda era "insuficiente" para os sul-americanos.

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"Acho que o texto que temos agora é mais equilibrado, mas ainda assim acho que é insuficiente. A resistência da Europa é muito grande. Eu estranho a falta de flexibilidade deles em entender que nós temos ainda muita coisa para crescer, mas para isso temos que nos industrializar. Nós precisamos de flexibilidade deles comprarem alguma coisa nossa com maior valor agregado", disse Lula

Lula ainda justificou que os principais entraves para o acordo ocorreram por posições contrárias do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e principalmente pela oposição do presidente da França, Emmanuel Macron. Lula disse que o francês possui "excesso de protecionismo", mas que essa questão era dividida por outros governos do país, como os de Nicolas Sarkozy (2007-2012) e Jacques Chirac (2002-2007).

"Todos eles são protecionistas se tratando dos produtos agrícolas deles. e não levam em conta que nós temos direito de participar desse sol de um mercado extraordinário, mas que qualquer forma não deu certo", disse Lula. 

Ao encerrar o assunto Mercosul-União Europeia, Lula pediu ao sucessor na presidência do Mercosul, Santiago Peña, presidente do Paraguai, para insistir no acordo de livre-comércio entre os blocos. Segundo o presidente brasileiro, a Europa precisa reconhecer a credibilidade dos dados dos sistemas do Brasil e dos países sul-americanos sobre desmatamento e medidas que diminuam as emissões de gases do efeito estufa, uma vez que as questões ambientais, sobretudo envolvendo o Brasil, são um dos principais entraves para a conclusão do acordo. 

"Companheiro Penha, quando o senhor assumir a presidência (do Mercosul) não desista nunca. Teime, brigue, converse porque é assim mesmo. A UE só precisa reconhecer a credibilidade dos dados dos nossos sistemas nacionais de monitoramento e sobre desmatamento. Eu não vou ficar prestando contas das coisas que a gente faz para qualquer um. Nós tratamos a questão ambiental com muita seriedade e reduzimos em 49,7% o desmatamento em dez meses de governo", concluiu. 

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