Lula diz que Mercosul não pode ficar "alheio" às tensões em Essequibo
Território localizado na Guiana é alvo de reivindicações da Venezuela e tensões sobre um possível conflito aumentam
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (7.dez) que o Mercosul não pode ficar "alheio" às tensões em Essequibo, região da Guiana rica em petróleo que é alvo de reivindicação da Venezuela. O petista discursou no Rio de Janeiro durante a 63ª edição da reunião da cúpula de chefes de Estado do bloco, formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Bolívia, que teve composição no bloco aprovada no final de novembro.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Lula afirmou que acompanha a situação com "crescente preocupação". Além de ser a principal força do bloco, caso a Venezuela tente invadir a Guiana, ela precisará cruzar o território brasileiro. Diante disto, o Exército foi enviado para as fronteiras com objetivo de reforçar a segurança no local.
"Estamos acompanhando com crescente preocupação os desdobramentos relacionados ao Essequibo. O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação. Por isso, eu quero submeter à consideração de vocês a minuta de declaração dos estados parte do Mercosul sobre essa controvérsia acordada pelos nossos chanceleres", disse Lula.
O presidente reafirmou ainda a necessidade de se manter a paz na América do Sul para o desenvolvimento do Brasil e dos países vizinhos no continente.
"Eu gostaria de dizer que nós vamos tratar com muito carinho essa situação porque se tem uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, conflitos. Precisamos construir a paz, somente com isso a gente pode desenvolver nosso país, gerar riqueza e melhorar a vida do povo brasileiro", falou Lula.
Leia também: