Em protesto à exploração de petróleo, ativistas cobrem mansão de premiê britânico
Grupo defende que novas licenças de perfuração no Mar do Norte podem causar desastre climático
Camila Stucaluc
Ativistas do Greenpeace cobriram com um tecido preto de 200 metros a mansão do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, localizada em North Yorkshire. O ato, registrado na manhã desta 5ª feira (3.ago), aconteceu em protesto à ampliação de exploração de petróleo - autorizada por Sunak no início da semana.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Após cobrirem a mansão do premiê com o tecido preto, que representa a cor do petróleo, dois ativistas seguraram um cartaz com uma frase endereçada à Sunak: "lucros do petróleo ou o nosso futuro?". Ao todo, seis ativistas participaram da manifestação. Quatro deles são alpinistas e ficaram responsáveis por pendurar o tecido na mansão.
"Olá, Rishi Sunak, o secretário das Nações Unidas [António Guterres] tem algumas palavras para você: 'ativistas climáticos às vezes são retratados como radicais perigosos. Mas os radicais verdadeiramente perigosos são os países que estão aumentando a produção de combustíveis fósseis'", escreveu o Greenpeace do Reino Unido nas redes sociais.
Na última 2ª feira (31.jul), o governo britânico prometeu centenas de novas licenças para a exploração de petróleo e gás no Mar do Norte. Em justificativa, Sunak defendeu que a iniciativa serviria para diminuir a dependência do Reino Unido em importar gás de outros países, como a Rússia, que interrompeu o fornecimento devido à guerra na Ucrânia.
+ Superiate avaliado em R$ 1,4 bilhão é vandalizado por ativistas
Os ativistas, no entanto, alegaram que a decisão pode resultar em um desastre climático, uma vez que a exploração de petróleo aumentaria as emissões de gás carbônico (CO2) no mundo - um dos contribuintes para o efeito estufa. "Vamos forçar Rishi Sunak a escolher um lado: os lucros do petróleo ou o nosso futuro", disseram os ativistas.