Três anos seguidos de crises levam 165 milhões de pessoas à pobreza
Pandemia, inflação e a guerra na Ucrânia são as principais causas deste cenário, diz ONU
Nos últimos três anos, o mundo tem enfrentado uma série de crises que afetaram negativamente a vida de milhões de pessoas e agravaram os problemas socioeconômicos em várias regiões do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), durante esse período, cerca de 165 milhões de pessoas entraram na pobreza. Só aqui no Brasil mais de 21 milhões de pessoas não tem o que comer.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Esse número evidencia a urgência de ações efetivas e coordenadas para reverter essa tendência. A entidade internacional pediu uma pausa no pagamento da dívida dos países em desenvolvimento para inverter a tendência, que já chega a deixar mais de 90 milhões de pessoas no mundo vivendo abaixo do limite da pobreza. Eles devem optar por pagar a dívida ou ajudar a população.
+ Brasil tem mais de 21 milhões de pessoas que não têm o que comer, diz ONU
Em um comunicado, Achim Steiner, diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), informou que os países que conseguiram investir em medidas de proteção nos últimos anos evitaram que muitas pessoas caíssem na pobreza, mas nos países muito endividados há uma correlação entre elevados níveis de dívida, gastos sociais insuficientes e um aumento alarmante dos níveis de pobreza.
De acordo com cálculos do PNUD, retirar estas 165 milhões de pessoas da pobreza custaria 14 bilhões de dólares por ano, o equivalente 0,009% do PIB mundial em 2022, e menos de 4% do serviço da dívida dos países em desenvolvimento.
+ SBT BRASIL: Número de novos pobres aumenta quase 10 milhões no Brasil