Uber processa lei de salário mínimo para entregadores nos EUA
Empresas alegam falta de entendimento sobre o setor e possíveis impactos negativos nos serviços de entrega
SBT News
Uber, DoorDash e outras empresas de entrega de alimentos por aplicativos apresentaram uma ação judicial nesta 5ª feira (06.jul) contra a nova lei da cidade de Nova York, que estabelece um salário mínimo para os entregadores.
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Segundo a Reuters, o grupo argumenta que a legislação, que entrará em vigor em 12 de julho, demonstra falta de entendimento sobre o funcionamento do setor de entrega de alimentos. A Grubhub juntou-se à DoorDash no processo.
A lei exigirá que as empresas paguem um salário mínimo horário de US$ 17,96 (R$ 88,37) aos entregadores, que aumentará para quase US$ 20 (R$ 98,41) até abril de 2025. As empresas terão a opção de pagar por hora, com base no tempo de conexão ao aplicativo, ou por entrega, de acordo com a legislação.
Para a Uber e as outras empresas envolvidas no processo contra a nova lei, os aplicativos teriam que aumentar o número de viagens realizadas por hora para absorver os novos custos trabalhistas, o que poderia resultar na redução das áreas de atendimento e prejudicar consumidores e restaurantes.
Vilda Vera Mayuga, chefe do Departamento de Proteção ao Consumidor e Trabalhador de Nova York, defendeu a importância da lei para retirar os entregadores da pobreza. Em comunicado à imprensa, Mayuga declarou:
"Os entregadores, assim como todos os trabalhadores, merecem um pagamento justo por seu trabalho, e estamos desapontados que Uber, DoorDash, Grubhub e Relay discordem disso".
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Essa nova legislação será a primeira do tipo nos Estados Unidos. Atualmente, os entregadores por aplicativo em Nova York recebem cerca de US$ 11 (R$ 54,12) por hora, valor significativamente abaixo do salário mínimo de US$ 15 (R$ 73,80) estabelecido pela cidade.
*Estagiário sob supervisão de Camila Stucaluc