Japão deve iniciar despejo de água contaminada da usina Fukushima em agosto
Governo recebeu aval da agência de energia atômica, mas continua enfrentando críticas da população
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Camila Stucaluc
O governo japonês deve iniciar em agosto o despejo da água contaminada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. A divulgação da data, informada pelo jornal local Nikkei, acontece um dia após o país receber aval da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para realizar a liberação do líquido - que está sendo tratado.
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Agora, o primeiro-ministro Fumio Kishida procura obter a aceitação tanto nacional quanto internacional para realizar o plano. Isso porque o despejo é criticado por ambientalistas e pescadores, que temem que o líquido prejudique o meio ambiente e a vida marinha. Em maio, dezenas de japoneses foram às ruas para protestar contra o plano.
A água armazenada na usina de Fukushima foi contaminada em 2011, depois de um acidente nuclear causado por um terremoto e um tsunami. O líquido está armazenado em mais de mil tanques, que, conforme as autoridades, precisam ser desocupados e removidos para que a usina seja desativada - um processo que deve levar de 30 a 40 anos.
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Apesar de estar sendo tratada, a Tokyo Electric Power (Tepco), operadora do despejo, afirmou que a água continua com trítio - uma forma radioativa natural de hidrogênio. De acordo com a AIEA, antes de descarregar, a empresa se comprometeu a diluir o líquido para trazer o trítio abaixo dos padrões regulatórios.