Prigozhin deixa Rostov e não é mais chefe do grupo Wagner
Mesmo após o fim da rebelião do grupo de mercenários, Rússia manteve o regime anti-terrorismo na capital
Natalia Vieira
Depois de liderar um motim que deixou a Rússia sob tensão por 24 horas, Yevgeny Prigozhin deixou a cidade de Rostov, neste sábado (24.jun), que havia sido ocupada pelas tropas do grupo Wagner, como se fosse uma celebridade: pessoas se aglomeraram para tirar uma foto com ele, da janela do carro.
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Ainda restam dúvidas sobre o que vai acontecer com os mercenários a partir de agora. Após acordo, intermediado pelo país vizinho Belarus, ficou determinado que Prigozhin não seria mais o chefe do grupo Wagner. A última ordem dada foi que as tropas retornassem às bases militares, mas não ficou claro se os paramilitares vão ser incorporados ao ministério da defesa russo.
Os mercenários foram responsáveis por vitórias importantes do Kremlin na guerra na Ucrânia. A acusação criminal contra Prigozhin foi retirada e ele concordou em se mudar para Belarus, um país com um ditador no poder e onde esse tipo de comportamento antigoverno é ainda mais inaceitável do que em sua terra natal.
Enfraquecido após a disputa com o líder do grupo Wagner, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não fez nenhuma declaração desde o último sábado, quando definiu o motim como uma "facada nas costas".
Já o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, disse que conversou com líderes de países aliados, como Estados Unidos e Polônia, neste domingo (25.jun), para aumentar a ajuda militar fornecida às tropas ucranianas.