Prefeito de Moscou pede que população fique em casa em meio à rebelião russa
Sergei Sobyanin declarou próxima 2ª feira (26.jun) como "dia não útil" para minimizar riscos
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, recomendou que a população não saia de casa neste sábado (24.jun) devido à rebelião do grupo paramilitar Wagner contra o governo russo. Em comunicado, o político pediu que os moradores se abstenham de circular pela cidade ou de viajar, uma vez que a operação antiterrorista foi declarada.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Um regime de operações antiterroristas foi introduzido em Moscou para reforçar a segurança. Nesse sentido, eventos de massa anunciados anteriormente foram cancelados na cidade. Foi introduzido um controle adicional nas estradas", afirmou Sobyanin, reforçando que está monitorando a movimentação do grupo Wagner no país.
Para minimizar riscos, o prefeito informou ainda que decidiu declarar a próxima 2ª feira (26.jun) como "dia não útil" - com exceção das autoridades e empresas de ciclo contínuo, do complexo militar-industrial e dos serviços urbanos. "Peço que mantenham a calma. Como o presidente enfatizou, nossa força hoje está em nossa união", disse Sobyanin.
O confronto entre o grupo Wager e o governo russo começou na 6ª feira (25.jun), quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Segundo o líder, Yevgeny Prigozhin, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.
+ Grupo Wagner: Otan diz estar monitorando rebelião e G7 reúne ministros
A rebelião chamou a atenção de Moscou, uma vez que os mercenários seguem se movendo pela região de Lipetsk, que fica a cerca de 470 quilômetros ao Sul da cidade. Em mensagem pelas redes sociais, Prigozhin afirmou que "muitas dezenas de milhares de vidas de soldados russos serão punidas", gerando pânico entre a população.