110 milhões de pessoas tiveram que se deslocar à força no mundo, diz ONU
É o maior fluxo de deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundial, segundo as Nações Unidas
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) divulgou um comunicado, nesta 4ª feira (14.jun), informando que 110 milhões de pessoas tiveram que se deslocar à força no mundo até maio deste ano. Segundo a ONU, marca atingida é recorde. Os fatores que contribuiram para o aumento inédito foram os conflitos na Ucrânia e, principalmente, no Sudão.
De acordo com asessor de comunicação do Acnur nas Américas, Luiz Fernando Godinho, este fluxo de pessoas deslocadas à força "não era visto desde a Segunda Guerra Mundial". Ainda segundo Godinho,"Três dos cinco países que mais receberam solicitações de refúgio em 2022 estão na América Latina." São eles: Estados Unidos, Costa Rica e México.
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"Guerra, violência, perseguição, discriminação ? e cada vez mais as mudanças climáticas, muitas vezes ligadas a conflitos ? causam deslocamento.", disse, pelo Twitter, Filippo Grandi, membro do alto comissário da ONU para os Refugiados, após a divulgação dos dados. Grandi completa "um mundo com muitas crises, poucas soluções".
The number of people forced to flee has risen again. They are now more than 110 million worldwide.
? Filippo Grandi (@FilippoGrandi) June 14, 2023
War, violence, persecution, discrimination ? and increasingly, climate change, often linked to conflict ? all cause displacement.
A world with too many crises, too few solutions.
No comunicado divulgado pela ACNUR, Grandi ainda afirma que "estes números mostram-nos que algumas pessoas recorrem demasiado rápido ao conflito e são muito lentas a encontrar soluções. A consequência é devastação, deslocamento e angústia para as milhões de pessoas que são arrancadas de casa de forma forçada".
De acordo com tendências Globais do Deslocamento Forçado em 2022, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número já havia crescido em relação ao ano anterior. Ou seja, 108,4 milhões de pessoas haviam sido deslocadas à força dos locais onde viviam, 19,1 milhões a mais do que em 2021.
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