"Boogeyman: Seu Medo é Real" traz de volta o bicho-papão
Terror sobrenatural estreia nesta quinta (1.jun) e prova que os clichês continuam nos assustando
SBT News
Você gosta de levar sustos? Então prepare-se para encontrar o bicho-papão."Boogeyman: Seu Medo é Real" estreia nesta 5ª feira (1.jun) e é para aqueles que gostam de se divertir saltando na cadeira na experiência imersiva e coletiva que só o cinema nos proporciona.
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A porta do armário aberta pode ser a saída para o bicho-papão. Melhor fechá-la antes do 'boa noite'. O medo do escuro e a luz que dá aquela sensação de segurança. Quem nunca viveu isso? Sim, são os clichês que nos perseguem, mas mesmo assim continuam nos assombrando.
O mestre do terror é quem assina o conto no qual o filme foi baseado. Há exatos 50 anos, Stephen King publicou a história "O Bicho-Papão" ("The Boogeyman", no título original) pela primeira vez na revista Cavalier e cinco anos depois na coletânea "Sombras da Noite" ("Night Shift"). E isso nos mostra que o tempo passa, mas os medos ficam e permanecem os mesmos, até sendo um combo de clichês: escuridão, traumas psicológicos e luto.
"Acho que o horror é melhor quando fala sobre as coisas que nunca queremos falar em uma conversa educada e a dor é tão grande que paira sobre todos nós, sobre a qual nunca falamos. E também é o espectro do espectro da morte, que é o ponto de partida para muitos dos nossos bichos-papões", afirma o diretor Rob Savage.
Nesta adaptação expandida do conto, a adolescente Sadie Harper (Sophie Thatcher, da série "Yellowjackets"), ao lado de sua irmãzinha (Vivien Lyra Blair, de "Obi-Wan Kenobi"), vivem o luto e o terror real da trágica morte da mãe. O medo de novas perdas amedronta as irmãs que agora se veem atormentadas, em casa, por uma presença sádica e lutam para fazer com que o pai (Chris Messina - de "Air: A História Por Trás do Logo"), perceba a ameaça antes que seja tarde demais.
As atrizes que passaram por momentos tão desesperadores no set para assustar o espectador, contaram o que fazem para não levar o medo das personagens para a casa.
"Temos uma pessoa que gostamos de chamá-la de terapeuta de atuação. Ela basicamente me ensinou truques sobre como não me machucar com as dores da personagem e com os sentimentos dela. Ensinou isso com cromoterapia, a terapia de cores, e assim consegui não sentir o que a personagem sente. Foi muito útil e me ajudou muito, foi realmente incrível", disse Vivien Lyra Blair.
"Acho que para mim trata-se apenas de estar conectada com a minha respiração e sintonizada com meu corpo, mas acima de tudo muito sintonizada com a respiração. Pular para cima e para baixo antes de cada cena, simples assim, como acertar os movimentos. Mas sempre em sintonia com a respiração. Eu acho que isso é para mim o centro de muitas das minhas emoções e muitas lágrimas", falou a atriz Sophie Thatcher.
Respirar profundamente pode nos ajudar em muitas situações da vida, inclusive para assistir a esse filme. Mas a intenção aqui é se assustar mesmo, afinal filme de terror tem aquela mesma filosofia da montanha-russa: diversão ao preço de ativar os medos ao extremo.
"Acho que todo mundo tem sua própria ideia do que é o bicho-papão e o que ele representa para si. Mas, na verdade, o bicho-papão é apenas o que existe na escuridão que está além do que podemos ver. Então, eu queria colocar a escuridão no filme de uma forma que não precisássemos mostrar muito o bicho-papão. Mas toda vez que houvesse um espaço escuro no quadro, o público ficaria no limite, sentiria que poderia ver o brilho dos olhos ali ou que algo poderia emergir das sombras. E foi realmente a ideia, eu não queria invalidar os medos pessoais de ninguém, queria que a pessoa saísse do cinema com o sentimento de estar novamente aterrorizada, que se sentisse como uma criança olhando para a escuridão de seu armário novamente, que o filme a deixasse com a sensação de que seu bicho-papão ainda poderia existir naquela escuridão", finaliza o diretor.
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