Parlamento da Uganda aprova lei que proíbe identificação como LGBTQIA+
Casos de homossexualidade poderão resultar em prisões perpétuas ou pena de morte
![Parlamento da Uganda aprova lei que proíbe identificação como LGBTQIA+](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FEm_justificativa_os_deputados_alegaram_que_a_norma_e_necessaria_para_assegurar_os_valores_tradicionais_no_pais_Pexels_e5ae87f09c.jpg&w=1920&q=90)
O parlamento de Uganda aprovou, na noite de 3ª feira (21.mar), o projeto de lei que proíbe a identificação como LGBTQIA+ no país. A medida garante amplos poderes às autoridades para reprimir e, inclusive, punir lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers que já são alvo de discriminação sexual e de gênero no território.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Além de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, a lei proíbe casos de promoção e cumplicidade da homossexualidade, assim como conspiração para praticar a homossexualidade. Segundo o projeto, entre as punições para aqueles que infringirem a lei estão prisão perpétua e pena de morte.
Em justificativa, os deputados alegaram que a norma é necessária para assegurar os "valores tradicionais" no país. Representantes internacionais, por sua vez, condenam a medida, classificando-a como discriminatória e inconstitucional.
+ Hungria promete defender lei anti-LGBT em tribunal da União Europeia
"Hoje marca um dia trágico na história de Uganda. O Parlamento aprovou uma legislação que promove o ódio e retira direitos fundamentais. Para a comunidade LGBTQIA+, eu sei que é difícil, mas não perca a esperança. A batalha não acabou. Esse projeto será derrubado", disse Sarah Kasande, ativista de direitos humanos de Kampala.