EUA: invasão ao Capitólio completa dois anos em meio a impasse na Câmara
Mesmo liderando parte do poder legislativo, republicanos enfrentam dificuldade de eleger representante
Há exatos dois anos uma multidão invadia o Capitólio dos Estados Unidos e reivindicava o resultado das eleições presidenciais de 2020. A ação, que atendeu um pedido do então presidente Donald Trump, resultou na detenção de centenas de pessoas e na abertura de investigações, inclusive contra o integrante do Republicanos, que foi acusado de incentivar o ato após ser derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden.
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Em meio ao cenário, a rixa entre os partidos se intensificou ainda mais e, anos depois, as siglas enfrentaram um novo certame, desta vez pela liderança do Congresso norte-americano. As eleições de meio de mandato - ou midterms -, realizadas em novembro do ano passado, garantiram a maioria dos republicanos na Câmara dos Representantes, enquanto os democratas conseguiram manter a liderança.
A vitória contemplou apenas parte das expectativas do grupo, uma vez que, com a impopularidade de Biden, a sigla esperava uma reviravolta no legislativo, com o domínio pleno dos republicanos. No entanto, mesmo comandando parte do poder, os parlamentares ainda não conseguiram eleger um líder na Câmara, paralisando as atividades na Casa na semana em que assumiram as cadeiras.
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Até o momento, já foram nove rodadas de votação, que não resultaram em um consenso. Para tentar resolver o impasse, Trump chegou a pedir, na última 4ª feira (4.jan), que o partido elegesse o deputado eleito pela Califórnia, Kevin Mccarthy, dando início às atividades legislativas. "Não transformem um grande triunfo em uma derrota gigantesca e constrangedora", frisou o ex-presidente, que não teve retorno do grupo.