Walter Cunningham, último sobrevivente da Apollo 7, morre aos 90 anos
Ex-astronauta iniciou carreira como cientista e terminou com cargo de liderança na Nasa
Camila Stucaluc
O ex-astronauta Walter Cunningham, que integrou a equipe da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), morreu na última 3ª feira (3.jan), aos 90 anos, no Texas. O norte-americano, ao lado de outros dois astronautas, participou da missão Apollo 7, em 1968, primeiro voo tripulado do programa que levou o homem à Lua.
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"Walt era um piloto de caça, físico e empresário - mas, acima de tudo, ele era um explorador. Na Apollo 7, Walt e seus companheiros de tripulação fizeram história, abrindo caminho para a Geração Artemis que vemos hoje. A Nasa sempre se lembrará de suas contribuições para o programa espacial", disse o administrador da agência, Bill Nelson.
Cunningham nasceu em 16 de março de 1932, em Creston, Iowa. Ele se formou com honras em Humanidades e Física em 1960 e fez Mestrado em Humanidades com distinção em Física em 1961 pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Após trabalhar pouco tempo como cientista no setor privado, ele foi selecionado como astronauta.
Os últimos feitos de Cunningham na Nasa foram como chefe da filial Skylab da Diretoria de Tripulação de Voo. No cargo, ele foi responsável pelas entradas operacionais para cinco grandes peças de hardware espacial tripulado, dois veículos de lançamento diferentes e 56 grandes experimentos que compuseram o Programa Skylab.
Cunningham se aposentou em 1971, mas continuou liderando organizações técnicas e financeiras. Ele atuou em cargos de liderança sênior na Century Development Corp., Hydrotech Development Company e 3D International. O ex-astronauta também foi um investidor e empresário, além de participar frequentemente de talk shows.
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Cunningham era o último integrante vivo da tripulação da Apollo 7. Em 1987, o piloto do módulo de comando, Donn Eisele, morreu após sofrer um ataque cardíaco durante uma viagem de trabalho no Japão. Cerca de 20 anos depois, em 2007, o comandante da missão, Walter Schirra, sofreu um infarto enquanto era tratado de um câncer estomacal.