Com ameaça chinesa, Taiwan estende recrutamento militar para um ano
Soldados terão treinamento mais avançado com exercícios de tiros e operação de mísseis e drones
O governo de Taiwan informou, nesta 3ª feira (27.dez), que irá estender de quatro meses para um ano o serviço militar obrigatório no país. A medida, anunciada pela presidente Tsai Ing-wen, acontece em meio à ameaça constante da China, que continua reivindicando a ilha, separada de Pequim em 1949, como parte do território.
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"Não só na Europa, mas também na Ásia, a expansão autoritária da China continua impactando a ordem internacional, ameaçando a paz e a estabilidade regionais e afetando as relações através do estreito. Em particular, a coerção da China sobre Taiwan tornou-se mais pronunciada após os exercícios militares de agosto", disse Ing-wen.
Segundo a líder, os recrutas passarão agora por um treinamento mais avançado, incluindo exercícios de tiro, instrução de combate usada pelas forças dos Estados Unidos e operação de armas mais poderosas, como mísseis e drones. No geral, espera-se que o número de tiros durante todo o período de serviço não seja inferior a 800 rodadas.
"Quanto mais preparados estivermos, menor será a chance de avançarmos do outro lado; Quanto mais unidos estivermos, mais forte e segura Taiwan se tornará. É isso que eu enfatizo, a paz depende da defesa nacional, e a defesa nacional depende de todo o povo", frisou a presidente.
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A tensão entre China e Taiwan vem se intensificando cada vez mais, sobretudo após a visita de autoridades norte-americanas em agosto. Na 2ª feira (26.dez), autoridades locais identificaram 71 aeronaves chinesas na zona de defesa aérea da ilha - maior incursão já registrada. Poucas semanas antes, 18 bombardeios foram lançados por Pequim.