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Mais de 1 milhão de turistas viajaram ao Catar para Copa

Belezas naturais do país se misturam a construções modernas, feitas especialmente para o Mundial

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A imagem da camelaria pelas ruas de Doha e os trajes típicos de seus montadores lembram um país que quase não existe mais. Os camelos, agora, são usados em eventos ou diversão para turistas.

Muita coisa ficou para trás... a música que poucos ainda cantam. Os ofícios que quase ninguém mais tem: os artesãos, o pescador de pérolas. Essa é uma vila chamada 'Catara', um lugar onde o Catar tenta se lembrar de como era há apenas algumas décadas.

Um país pobre, de casas simples, completamente diferente daquele que hoje é sede do mundial de futebol. O dinheiro do gás e do petróleo transformou a vida de quem mora aqui.

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Mas, Nádia, que trabalha para o Ministério da Cultura do Catar, conta que é preciso lembrar dos tempos em que eles não tinham nem ar condicionado. "Essa geração já vem acostumada com tudo isso", destacando o aparelho que se tornou vital para um país onde a temperatura chega a quase 50°C no verão.

No dia seguinte, pegamos estrada rumo ao lugar de onde surgiu quase tudo. Depois de uma parada para esvaziar os pneus, encaramos as longas faixas de areia. Em dezembro, quase inverno, a temperatura fica abaixo dos 30°C. É preciso entender o tempo do Sol e o tempo das dunas para rodar aqui. 

Estamos descendo, literalmente, uma "pirambeira" de areia. Essa é uma manobra que só pode fazer quem conhece, quem sabe dirigir no deserto porque pode ser perigoso. Descemos bem devagar. O movimento do carro provoca um grande deslocamento de areia - que nosso guia usa a nosso favor. É como se fôssemos transportados por uma corrente de areia.

Descemos e depois subimos para chegar a esse lugar. Rodamos mais de uma hora pelas dunas para chegar até este lugar por um motivo muito especial. É aqui, segundo os cataris, o pôr do Sol mais bonito do país.

É o que o que Abhi chama, há 45 anos, de escritório. "Esse lugar é único por causa do canal que entra no deserto e forma uma lagoa. Tem poucos lugares no mundo onde as dunas se encontram com o mar dessa maneira", relata o guia sobre o lugar conhecido como "Mar de Dentro". O local também fica a poucas centenas de metros da fronteira da Arábia Saudita.

Já não há povos nômades, nem beduínos, e a pesca virou mais uma diversão, não necessidade. E estrangeiros como Abhi, que nasceu na Índia, agora conhecem os segredos do deserto melhor do que muitos locais.

Ter intimidade com esse lugar é essencial para enfrentá-lo na escuridão. E também para socorrer quem a areia não deixou prosseguir, como o turista argentino, que escolheu o carro e o caminho errados. Uma das regras do deserto é não deixar ninguém para trás. Do Catar, ele vai levar o susto e a lição de um país que surgiu da areia, para se tornar a sede de uma grandiosa Copa.

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