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"Somos mais parecidos do que pensamos", diz conselheiro de mídia dos Emirados

No Global Media Congress, o brasileiro Renan de Souza ajudou a aproximar mídia árabe à de outros países

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A ponte entre Brasil e Emirados Árabes Unidos no Global Media Congress atende pelo nome de Renan de Souza. O jornalista brasileiro deixou a terra natal neste ano para trabalhar como conselheiro de mídia na agência de notícias do país do Oriente Médio, a WAM. Entre outras funções, ele atuou no evento -- realizado em Abu Dhabi de 15 a 17 de novembro -- como canal entre as empresas brasileiras e a organização da feira.

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Entre visitas a estandes e conversas com autoridades árabes, ele concedeu uma entrevista ao SBT News na qual destaca a importância do congresso para ampliar a visão do Ocidente sobre a mídia oriental. Também apontou o papel do Brasil nesse processo e, como brasileiro morando nos Emirados, elencou similaridades entre os dois povos -- que, acredite, existem. Confira:

Quando se fala de Emirados Árabes, a gente pensa muito em dinheiro. Mas no congresso a gente viu que eles têm muito mais a oferecer. O que se pode extrair, especialmente na parte cultural?

Essa riqueza cultural que eles têm para passar para a gente. Os Emirados Árabes Unidos, na verdade, têm muito mais a oferecer do que aquela ideia antiga de só petróleo e camelo. Aqui é um centro de criação de conteúdo, de mídia, você tem séries gravadas aqui, filmes gravados nessa região do mundo. E o ambiente de negócio que os Emirados Árabes oferecem dá uma oportunidade para pessoas do mundo inteiro virem para cá, instalarem empresas na área de mídia ou em qualquer área de criação.

Então é bem importante esse tipo de evento aqui para atrair mais pessoas, para mostrar para o mundo, especialmente quando a gente vem do Brasil, quando a gente fala do Brasil, quão próximos nós somos dos Emirados Árabes Unidos. Quando você está aqui, você percebe que há mais similaridades entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos do que a gente pensa. Então, quando você vem para cá e você tem esse tipo de oportunidade, você acaba fortalecendo, fomentando essa troca de conteúdo, de cultura e aí você favorece outras áreas como, por exemplo, a tolerância entre os dois povos que às vezes a gente pode pensar que são distintos, mas nós somos muito mais parecidos do que parece.

Que similaridades são essas? Você como brasileiro morando aqui...

Primeiro, o café, né? Eles amam o café. E café é uma coisa que a gente que é brasileiro adora, tomar aquele cafezinho de manhã, o café da tarde... E os árabes também amam o café, inclusive o café do Brasil aqui é muito consumido. Outro fator que a gente tem de semelhança com o Brasil é a carne. A carne brasileira é muito consumida aqui nos Emirados Árabes Unidos. Inclusive é um amplo campo de negócio para empresários brasileiros aqui nesse sentido.

E aí quando a gente fala das relações interpessoais também, os árabes são muito felizes. Eles gostam de cumprimentar, gostam de fazer você se sentir bem no país deles e aqui os emiradenses têm isso muito forte, a questão da receptividade. Parece quando a gente vai pro Brasil, a gente é um povo receptivo. Então os emiradenses também nesse sentido são muito parecidos com a gente, no sentido de serem extremamente receptivos aos estrangeiros.

Qual o papel do Brasil nesse intercâmbio dos Emirados Árabes Unidos com o mundo?

O Brasil é um grande consumidor de notícias. E é um prazer ter o SBT aqui como nosso convidado, vir para o evento, mostrar o conteúdo que o SBT produz, o jornalismo de qualidade que produz diariamente com o SBT News e também com a TV. E agora com essa integração de plataformas. E se a gente pensa no SBT, na sua posição como emissora, como um grande conglomerado, se a gente for colocar desse jeito, quanto atinge os brasileiros, a importância de trazer o SBT para cá, você pode mostrar o jeito que a gente conversa com os brasileiro para os emiradenses, para o mundo, para empresários de todos os cantos do mundo.

Então, a importância é como a gente consome, a forma que a gente consome, e qual é o futuro da mídia também no Brasil. Porque o SBT conseguiu trazer esse debate aqui, esse diálogo de mostrar a que caminho está indo, o investimento no jornalismo que o SBT está fazendo, as mudanças, a aceleração nas plataformas digitais... Mostra aqui nesta feira o caminho que o SBT está tomando e também uma tendência de mercado no Brasil. Então é um saldo extremamente positivo.

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