Metrô de Londres anuncia greve um dia após paralisação nacional de trens

Uma greve dos trabalhadores do metrô de Londres paralisou a rede de transporte da capital britânica nesta 6ªfeira (19.ago). Ela ocorre um dia após uma paralisação nacional de funcionários da ferrovia. 

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Além disso, outra greve ferroviária está marcada para sábado (20.ago). O Reino Unido passa por um verão severo e trabalhadores exigem aumentos salariais para compensar os aumentos crescentes dos preços de alimentos e energia.

Nenhum trem do metrô está circulando na maioria das linhas de metrô de Londres devido a reinvidicações por salários e pensões por membros da União Ferroviária, Marítima e de Transporte, disse a operadora Transport for London. "Vai ser um dia difícil", disse Nick Dent, diretor de operações de clientes da TFL. "Estamos aconselhando os clientes a não viajar no metrô", afirmou.

Milhares de limpadores ferroviários, sinalizadores, trabalhadores de manutenção e outros funcionários também estão se juntando as greves. Os sindicatos ferroviários acusam o governo conservador da Grã-Bretanha de impedir as empresas ferroviárias, que são de propriedade privada, mas fortemente regulamentadas, de fazer uma oferta melhor. O governo nega a interferência, mas diz que as empresas ferroviárias precisam cortar custos e pessoal após dois anos em que o financiamento emergencial do governo as manteve em pleno funcionamento.

Sindicatos dos setores público e privado estão planejando mais greves enquanto a Grã-Bretanha enfrenta sua pior crise de custo de vida em décadas. Trabalhadores dos correios, advogados, funcionários da British Telecom e trabalhadores portuários já anunciaram paralisações para o final deste mês.

Coletores de lixo e trabalhadores de reciclagem em Edimburgo, na Escócia, iniciaram uma greve de 11 dias na 5ª feira (18. ago), alertando que o lixo se acumulará nas ruas à medida que os turistas se aglomeram na cidade para o Edinburgh Fringe e outros festivais de arte.
Aumento de preços

A inflação no Reino Unido atingiu a maior alta em 40 anos, de 10,1% em julho, e o Banco da Inglaterra diz que pode subir para 13% em meio a uma recessão no final deste ano. A conta média de combustível doméstico no Reino Unido aumentou mais de 50% até agora em 2022, à medida que a guerra da Rússia na Ucrânia espreme o suprimento global de petróleo e gás natural.