Colômbia elege novo presidente neste domingo em pleito equilibrado
Gustavo Petro e Rodolfo Hernández disputam o segundo turno das eleições presidenciais
Luciana Rosa
A Colômbia vai às urnas neste domingo (18.jun) decidir quem vai governar o país pelos próximos quatro anos. As eleições são consideradas uma das mais disputadas da história do país, com os dois candidatos aparecendo empatados nas pesquisas.
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Um país polarizado, que deixou claro o descontentamento com os partidos do centro e da direita tradicional, com nervos à flor da pele após a série de manifestações contra o governo de Ivan Duque, no ano passado, que deixaram mais de 60 mortos, e castigado pelos altos níveis pobreza, com uma taxa alcançando quase 45%.
Neste segundo turno, a Colômbia escolhe entre Gustavo Petro e Rodolfo Hernández para ocupar a Casa de Nariño. Petro, o candidato da esquerda, já foi prefeito de Bogotá e atualmente é senador. Ex-guerrilheiro do M-19, foi preso e torturado na década de 80. Em sua campanha, promete corrigir a desigualdade social, implementar uma aposentadoria mínima para os pobres e criar energias limpas e renováveis.
Rodolfo Hernández recebeu o apelido de Trump colombiano por causa de suas falas polêmicas e atraiu eleitores da direita e da extrema-direita com uma campanha focada nas redes sociais. As principais propostas do milionário de 77 anos são o combate à corrupção e a redução dos impostos. Ele promete uma reforma na educação e um programa de moradia nas áreas rurais.
De acordo com as últimas pesquisas, Hernandez tem uma vantagem de menos de dois pontos percentuais, o que pela margem de erro significa empate técnico.
Os Estados Unidos são o maior colégio eleitoral colombiano fora do país. O governo americano acompanha com atenção o resultado do segundo turno, já que Bogotá é um dos maiores aliados de Washington na América Latina. Nesta semana, o secretário de estado americano, Anthony Blinken, garantiu que os dois países vão continuar trabalhando juntos independente do resultado das eleições.
Para evitar atos de violência, a Colômbia acionou 320 mil agentes de segurança. Ao todo, são39 milhões de eleitores, mas o voto não é obrigatório. O candidato que vencer será empossado no dia 7 de agosto.
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