Rússia anuncia abertura de "novo McDonald's" este mês
Gigante do fast-food suspendeu suas operações no país em março, em resposta à guerra na Ucrânia
Karyn Souza
A Rússia anunciou, nesta 3ª feira (07.jun), a abertura das primeiras 15 lojas do "novo McDonald's" no país, no dia 12 de junho. A informação foi confirmada pelo serviço de imprensa do Kremlin à agência de notícias russa TASS.
As unidades da versão russa da rede fast-food serão inauguradas em 4 regiões do país, sendo 12 delas em Moscou e nos arredores da capital, e outras 3 nas cidades de Odintsovo, Reutov e Khimki. Em comunicado, o governo de Vladimir Putin sinalizou que já há planos para a abertura de restaurantes, ainda este ano, em outras partes do país.
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"Os primeiros 15 pontos de venda começarão a receber clientes em Moscou e na região de Moscou em 12 de junho. Em um futuro próximo, terá sequência a abertura de outros pontos de venda em toda a Rússia", informa o Kremlin em comunicado divulgado pela TASS.
O nome e logo do substituto russo do McDonalds, tal como as datas e horários de abertura das novas unidades nas demais localidades, e planos da marca para o futuro serão divulgados pelo governo da Rússia posteriormente. O que já se sabe é que a rede deve operar sob nova marca e novos nomes de cardápio, e que todos os funcionários do McDonald's manterão empregos "em termos equivalentes" por pelo menos 2 anos.
O McDonald's suspendeu a operação de todos os seus 850 restaurantes, espalhados por todo o território russo, no dia 14 de março, em retaliação à invasão da Ucrânia pela Rússia. A saída definitiva do país foi oficializada no dia 16 de maio. Até então, a gigante dos fast-foods respondia por 7% do chamado "mercado de catering", isto é, todo o setor envolvido no fornecimento de alimentos e bebidas, e sua infraestrutura de serviço, na economia russa.
Após o encerramento das atividades, o McDonald's concordou em vender seus negócios para seu licenciado na Rússia, o empresário Alexander Govor, que já opera, desde 2015, 25 restaurantes da rede na região de Sibéria. A operação entre o bilionário russo, que também é cofundador e dono de duas refinarias de petróleo, a NeftekhimServis e a Anzhersky, e a rede de fast-food aconteceu por intermédio do próprio governo russo, através do Ministério da Indústria e Comércio, e já está nos estágios finais de aprovação regulatória.
Outros substitutos
O McDonald's não é a primeira marca que o governo russo tenta substituir, após a debandada de empresas do país como consequência da guerra.
Em maio, o Kremlin anunciou o lançamento dos novos refrigentes "CoolCola", "Fancy" e "Street", e qualquer semelhança entre os nomes e os rótulos dos novos produtos e suas versões originais está longe de ser mera coincidência.
Produzidos pela fabricante russa Otchakovo, especializada em bebidas típicas do país, os refrigerantes mantiveram a identidade visual dos produtos ocidentais, que se tornou presente nas prateleiras e nas casas do mundo inteiro: Coca-Cola, Fanta e Sprite.
Tanto a PepsiCo quanto a Coca-Cola anunciaram a suspensão de todos os seus negócios na Rússia em março, menos de duas semanas após a invasão à Ucrânia.
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