ONU e G7 se unem para discutir produção e distribuição de alimentos
Série de reuniões extraordinárias que encontrar soluções sustentáveis, com menos dependência de um país ou outro
Pablo Valler
Só aumentam os riscos de insegurança alimentar, que é quando falta comida a ponto de gerar conflitos geopolíticos. É tão preocupante que o G7, grupo das maiores economias do mundo, juntou ministros da agricultura na cidade de Stuttgart, na Alemanha, para uma série de reuniões.
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Entre os principais fatores discutidos, está a guerra entre Rússia e a Ucrânia. A região em conflito é grande produtora de fertilizantes, que deixaram de ser enviados aos maiores países produtores de alimentos, como o Brasil e a Argentina, por exemplo.
Além da preocupação com aqueles que produzem, também existe o receio de desabastecimento nos países que importam muito, como no continente africano e na região do Oriente Médio.
"Em 2021, cerca de 193 milhões de pessoas já passavam e precisavam de assistência urgente. Eram quase 40 milhões de pessoas a mais em relação a 2020, ano em que apareceu a pandemia", analisa Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, que também participa da série de reuniões que vão até o fim de semana.
Até lá, o G7 e a ONU discutem não só como resolver o problema atual, mas, como pensar em soluções para que não passemos mais por tal situação: "é preciso identificar, ativamente, maneiras de compensar possíveis lacunas futuras nos mercados globais, com uma atuação conjunta para promover aumentos sustentáveis de produtividade sempre que possível", avalia o diretor-geral da FAO.