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China diz lamentar guerra na Ucrânia e pede solução pacífica

Declarações sugerem mudança na posição chinesa diante do conflito

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 Wang Yi (Reprodução/Agência Brasil)
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Os chanceleres da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da China, Wang Yi, conversaram nesta 3ª feira (1º.mar) por telefone. Na ocasião, Wang disse que o governo chinês lamenta a eclosão da guerra com a Rússia, e pediu para os dois países envolvidos buscarem uma solução para o conflito por meio de negociações.

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Segundo o chanceler chinês, a China está preocupada com os danos provocados pela guerra aos civis e tem uma posição sobre ela que é "aberta, transparente e consistente". Os chineses, afirmou a Kuleba, sempre defendem o respeito à soberania e à integridade territorial das nações.

Ainda de acordo com Wang, a China apoia os esforços internacionais "construtivos" em prol de um acordo político, e a principal prioridade agora é desescalar a situação o máximo possível para evitar uma piora da guerra ou que ela saia de controle, principalmente visando a evitar danos a civis e uma crise humanitária, e garantir que o acesso à ajuda humanitária seja seguro e oportuno.

O chanceler chinês aproveitou a ligação também para falar que o governo do país está a todo momento preocupado com a segurança dos chineses na Ucrânia, agradecer pelo apoio do governo ucraniano no processo -- em andamento -- de evacuação desses cidadãos e dizer esperar, da Ucrânia, não só a adoção das medidas necessárias para garantir a segurança dos chineses no território ucraniano, mas também a continuidade do fornecimento de ajuda na saída deles.

De acordo com Kuleba, seu país permanecerá garantindo a evacuação segura dos estrangeiros de forma responsável. Ele afirmou a Wang ter como prioridade o fim da guerra e que o governo ucraniano quer fortalecer a comunicação com a China, além de esperar do país asiático uma mediação para chegarem ao término do conflito militar com a Rússia. 

As declarações de Wang a Kuleba sugerem uma mudança de posição da China diante da guerra: a nação se absteve nas votações das resoluções para condenar a invasão russa e realizar Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral da ONU.

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