Rússia estaria usando bombas de fragmentação, denunciam entidades
Esse tipo de munição espalha fragmentos menores quando ocorre o disparo
A utilização de bombas de fragmentação pela Rússia nos ataques à Ucrânia foi denunciada por entidades internacionais de defesa dos Direitos Humanos como Human Rights Watch (HRW) e a Anistia Internacional.
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Essas munições fazem com que outros fragmentos menores sejam espalhados quando são disparadas. A HRW destaca que as bombas de fragmentação são proibidas por um tratado internacional de 2008 porque têm potencial de causar danos generalizados já que os projéteis podem explodir sobre uma área equivalente a um campo de futebol.
Rússia e Ucrânia, porém, não são signatárias do acordo para impedir a utilização desse tipo de munição, de acordo com a HRW. Além de terem um alcance significativo, as bombas de fragmentação podem não explodir em um primeiro momento e, por isso, podem se tornar minas terrestres.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, o diretor associado da divisão de armas da HRW, Mark Hiznay, disse que a Rússia usou bombas de fragmentação, chamadas de "Cluster Smerch", em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia. Ele afirmou ter revisado as imagens. "Este ataque ilustra claramente a natureza inerentemente indiscriminada das munições cluster e deve ser inequivocamente condenado", destacou.