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Parlamento russo autoriza envio de forças militares ao exterior

Medida acontece um dia depois de Vladimir Putin reconhecer independência de regiões separatistas na Ucrânia

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vladimir putin
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O Parlamento da Rússia aprovou, por unanimidade, nesta 3ª feira (22.fev), um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar o envio de forças militares russas para outros países.

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A medida foi enviada para apreciação um dia depois que Putin informou que reconheceria, formalmente, a independência de Donestk e Lugansk, duas regiões separatistas do leste da Ucrânia. Um texto, que registra a legitimidade das duas repúblicas independentes e estabelece um acordo de defesa das regiões, por parte do governo russo, também foi ratificado pelos parlamentares, por 399 votos a favor, em um total de 400 - um integrante da câmara não teria apertado o "sim" a tempo.

"O reconhecimento da independência das repúblicas populares de Donestsk e Lugansk e a ratificação dos acordos de amizade, cooperação e ajuda devem pôr fim ao conflito, à morte dos nossos concidadãos que ali vivem", declarou o presidente da Duma, a câmara baixa russa, Viacheslav Volosin, após a aprovação da matéria.

No mesmo dia, em entrevista coletiva, Vladimir Putin afirmou que não considera "aceitável" a militarização da Ucrânia e reforçou sua posição contrária à entrada do país na OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, que é composta por Estados Unidos e outros países da Europa.

"Somos contra a Ucrânia entrar na Otan, porque já mencionamos muitas vezes que isso é uma ameaça à Rússia. [...] A gente está falando da desmilitarização da Ucrânia porque é o único fator que pode ser controlado. O governo atual ucraniano persegue antigos líderes e diz que não está contente com o Acordo de Minsk, e eu tenho certeza que essa militarização não é aceitável porque a Ucrânia até mencionou uso de [armas] nucleares", disse o líder russo, alegando a existência de uma possível ameaça nuclear por parte do governo ucraniano. 

Putin defendeu ainda o reconhecimento das regiões separatistas da Ucrânia e encerrou seu pronunciamento dizendo ainda que, entre a paz e o uso da força, ele escolhe "se defender".

Membros da OTAN reagem às declarações de Putin

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros países integrantes da OTAN responderam de forma contundente às recentes investidas de Putin em direção à Ucrânia. Além de repudiarem o reconhecimento das regiões de Donestsk e Lugansk como repúblicas independentes, as lideranças determinaram uma série de sanções econômicas à Rússia.

A principal reação, porém, veio do presidente norte-americano, que classificou a postura de Vladimir Putin diante dos separatistas como o "início da invasão à Ucrânia". Em pronunciamento, nesta 3ª feira (22.fev), Biden anunciou que duas grandes instituições financeiras russas, o banco VEB e o banco militar da Rússia, além de representantes da elite russa, sofreriam sanções nos EUA e em outros países.

Joe Biden também informou que títulos da dívida da russa deixaram de ser negociadas no mercado internacional e que, depois de conversas com o governo da Alemanha, a instalação do gasoduto Nord Stream 2, que levaria gás natural russo para o território alemão, seria interrompida. O governo dos Estados Unidos autorizou ainda o deslocamento de forças norte-americanas e equipamentos militares, já estacionados na Europa, para proteger o território de países aliados da OTAN.

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