Senado do Chile rejeita impeachment de Sebastián Piñera
Congressistas disseram que as provas apresentadas eram inconsistentes
SBT News
Após sete horas de debate, o Senado do Chile rejeitou nesta 3ª feira (16.nov) o impeachment do presidente do país, Sebastián Piñera. Para que a Acusação Constitucional contra o político fosse acatada, eram necessários 29 votos a favor, mas o primeiro capítulo do documento -- referente a suposta violação da Constituição e das leis -- teve 24 favoráveis, 18 contrários e uma abstenção, enquanto o segundo -- sobre suposto comprometimento grave da honra da nação -- alcançou 22 favoráveis, 20 contrários e uma abstenção.
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A Câmara dos Deputados do Chile havia aprovado a abertura do impeachment de Piñera, por 78 votos, na 3ª feira (9.nov). O pedido de afastamento do presidente foi apresentado por deputados da oposição, alegando uso do cargo para negócios pessoais por parte do político. Os congressistas se baseavam em documentos vazados no Pandora Papers que mostravam a existência de irregularidades na venda de uma empresa de mineração que pertencia ao líder chileno.
A transação, formalizada em 2010 por intermédio de uma empresa offshore nas Bahamas, previa que o pagamento da venda seria dividido em três parcelas. No contrato, entretanto, estava firmado que não fosse estabelecida uma área de proteção ambiental sobre a zona de operações da mineradora a partir do terceiro pagamento. Na época, Piñera cumpria o primeiro mandato como presidente.
Nesta 3ª feira, os senadores que votaram a favor do impeachment afirmaram ter ficado demonstrado, no caso, conflito de interesses e danos à imagem do país, entre outras coisas. Já de acordo com os que votaram contra, as provas eram inconsistentes.
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