Tiroteios em massa são constrangimento internacional diz presidente americano
Com projetos de lei que sugerem a restrição da venda de armas no país parados, Joe Biden cria ordens executivas para tentar diminuir as mortes por tiroteios
Washington - Chega, disse Joe Biden três vezes no começo do discurso nesta quinta-feira, 8 de abril, na Casa Branca. Com palavras duras, o presidente americano disse estar decidido a dificultar o acesso aos armamentos no país. "Se tivéssemos feito isso há dez anos milhares de vidas teriam sido salvas" disse o democrata que chamou as mortes por massacres em massa "uma epidemia que provoca uma mancha no caráter do país".
A ordem presidencial anunciada hoje, 8 de Abril, determina a criação de regras para a venda de peças usadas para a construção de armas caeiras que hoje são vendidas pela internet sem qualquer identificação, cria um modelo de lei chamada "bandeira vermelha" para que familiares ou o Estado possam interditar pessoas consideradas perigosas de comprar armamentos e restringe o acesso às cintas estabilizadoras - peças que transformam uma pistola em um rifle mais letal.
As mudanças são tímidas se comparadas à necesssidade de um controle maior da venda dos armamentos - algo previso em projetos de lei que estão parados no Congresso americano. Joe Biden, que é ex-senador, clamou aos legisladores que coloquem o assunto em votação com urgência e que pensem sobre a necessidade de mudar as regras atuais.
Os números da violência com armas nos Estados Unidos
Segundo a Casa Branca, 216 pessoas são assassinadas todos os dias no país vítimas de tiroteios e as principais vítimas são homens negros jovens. "O controle da venda do armamento também vai ter um impacto considerável na violência doméstica", disse o preidente americano citando o fato de que 53 mulheres são mortas por tiros todos os dias por maridos ou companheiros. O democrata ainda lembrou os milhões de dólares gastos no tratamentos dos feridos e o dano psicológico irreparável nas vítimas que sobrevivem e suas famílias.