Donald Trump reaparece e principais rivais políticos não comentam
O ex presidente americano falou do domingo em um evento do partido republicano na Flórida. Donald Trump sinalizou que pode concorrer em 2024.

Patrícia Vasconcellos
Nova York - Ele saiu dos holofotes há pouco mais de um mês, desde que deixou a presidência dos Estados Unidos no dia vinte de janeiro. Do governador de Nova York, conhecido crítico do governo passado, nenhum comentário sobre o discurso em que Donald Trump reapareceu. Visivelmente mais magro, o ex-presidente americano começou sua fala no encerramento da Conferência da Ação Política Conservadora em Orlando, na Flórida, no domingo, último dia do mês de fevereiro, com uma pergunta: "vocês sentiram minha falta?" O público aplaudiu. O republicano seguiu: "começamos uma jornada há quatro anos e ela está longe de ter terminado". Sobre fundar um novo partido, Trump acabou com as especulações: "ficam dizendo que vou criar um novo. Para que? Temos o partido Republicano que será mais forte do que nunca". Sobre o atual governo, o ex-presidente criticou - como sempre - Joe Biden, dizendo que o democrata teve o pior mês na história da Casa Branca. Repetiu as acusações de fraude eleitoral e deixou no ar a mensagem de que deseja voltar em dois mil e vinte e quatro, ano das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Passada a expectativa sobre a reaparição de Donald Trump, que desde o fim de janeiro vive permanentemente no condomínio de luxo Mar-a-Lago na Flórida, fica a análise do comportamento de parte dos americanos. Desde cedo, uma multidão se aglomerou na área externa do evento na expectativa de ver o ex-presidente. A opinião ali era a de que o ex presidente pode sim retornar triunfante em quatro anos. É a opinião de parte do país que votou em Donald Trump. A dúvida é como esse eleitorado vai se comportar a partir de agora e se a fidelidade à Trump irá persistir. Sem redes sociais desde o fim do governo, o republicano não tem mais o acesso de antes ao público. Por isso, talvez, o pronunciamento do último domingo foi tão esperado.
Na Casa Branca, nenhum comentário sobre o discurso de Donald Trump até o fim da manhã desta segunda-feira, dia primeiro de março. O principal evento da agenda de Biden nesta segunda foi a reunião virtual com o presidente do México Manuel Lopez Obrador. Dos rivais de Trump, nenhum comentário. Nancy Pelosi, líder da Cãmara dos Representantes não se pronunciou assim como as principais figuras democrtas do legislativo. Entre os republicanos foram notadas algumas ausências. O ex-presidente Mike Pence e o líder republicano no Senado, Mitch McConnel não compareceram à conferência da Flórida.
Índices de aprovação de Joe Biden
No discurso na Flórida, Donald Trump afirmou que seu rival político teve o pior mês na história do país. Segundo estatísticas recentes, Joe Biden, vai bem. O FiveThirtyEight's aponta 54,4% de aprovação popular contra 53% do início do governo. Outra medição do Real Clear Politic's indica 54% de aprovação do governo democrata. Já a pesquisa do Ipsos/Reuters indica que Joe Biden tem 57% de aprovação popular contra 37% de desaprovação. A última pesquisa ouviu 1004 adultos americanos. A divisão de opiniões entre os partidos é clara. Segundo o levantamento, entre os Democratas 87% disseram aprovar o governo Biden. Entre os Republicanos o índice de aprovação do atual presidente é de 10%.