Polícia

Homem forja acidente de carro para esconder feminicídio em MG

Alison Mesquita, de 43 anos, alegou que a vítima dirigia o veículo e teria sofrido um mal súbito antes da batida, versão que foi desmentida pela polícia

Um homem forjou um acidente de carro, no último domingo (14), para esconder o assassinato da companheira em Minas Gerais. Alison Mesquita, de 43 anos, alegou que a vítima dirigia o veículo e teria sofrido um mal súbito antes da batida, versão que foi desmentida pela polícia.

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Segundo as investigações, Henay Amorim, de 31 anos, já estava morta quando o carro bateu em um micro-ônibus na rodovia. Ela sofreu traumatismo craniano e sinais de asfixia, o que descarta a hipótese de morte causada exclusivamente pelo impacto da batida. A perícia apontou lesões na cabeça e constrição no pescoço, indicando ataques antes da colisão.

Imagens de câmeras de pedágio em Itaúna (MG) levantaram suspeitas sobre o relato apresentado por Alison. Os registros mostram que, momentos antes do acidente, quem paga a tarifa e controla o veículo automático é o passageiro, enquanto a vítima aparece desacordada no banco do motorista.

Ao ser questionado pela atendente do pedágio, o homem afirmou que a mulher havia tido uma queda de pressão. Ele chegou a aceitar ajuda, mas logo em seguida deixou o local e seguiu viagem.

Poucos quilômetros depois do pedágio, em uma curva, o carro invadiu a contramão e bateu de frente com um micro-ônibus. O motorista do coletivo relatou à polícia que o veículo vinha em zigue-zague e que não houve tentativa de frear.

Um passageiro do micro-ônibus tentou prestar socorro à motorista e percebeu que o corpo já estava frio, reforçando a suspeita de que a vítima estava morta antes da colisão. Segundo o delegado responsável pela investigação, os indícios reunidos são fortes e apontam que Henay já estava sem vida no momento do acidente.

Após a batida, Alison foi levado ao hospital com uma fratura na clavícula, mas deixou a unidade sem receber atendimento médico. Ele passou a ser monitorado e acabou preso durante o velório da companheira. O casal se conhecia havia pouco mais de um ano e morava em BeloHorizonte há cerca de sete meses.

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