Washington DC: é menor o número de grades e militares nas ruas
Muitas proteções de ferro já foram retiradas do entorno dos edifícios públicos. Para o público, que este ano não compareceu, uma lembrança simbólica.
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Washington DC - Na área verde do National Mall, região entre o Capitólio e o Lincoln Memorial cercada de edifícios históricos, milhares de bandeiras dos Estados Unidos eram levadas para casa uma a uma. O garoto que acompanhava a mãe sorria. Dois soldados da Guarda Nacional que estavam ali e também escolheram bandeiras para carregar como recordação conversaram com ele. Um se abaixou na altura da criança e disse: "Você gostou de ver a posse ontem de casa? Está feliz?" O menino balançou a cabeça em sinal de positivo. Foi um evento inédito para todos. A cerimônia de posse do novo presidente americano não teve a participação do público. Por causa da pandemia e também por questões de segurança a região central de Washington DC foi totalmente interditada. O gramado que normalmente recebe multidões que ali se concentram para celebrar a chegada do novo chefe de Estado recebeu as bandeiras que simbolizaram no evento no dia 20 de Janeiro os cidadãos americanos. Além das cores do país, bandeiras estaduais também foram colocadas ali.
O National Mall com o gramado repleto de bandeiras americanas. Foto: Patrícia Vasconcellos
O Capitólio dos Estados Unidos e as milhares de bandeiras dos 50 estados americanos. Foto: Patrícia Vasconcellos
No dia seguinte à posse, em uma caminhada, a capital Washington já era outra. As grades de ferro que cercavam os edifícios públicos estavam sendo retiradas e os caminhões e os jipes militares foram substituidos por empilhadeiras que transitavam para lá e para cá num trabalho rápido para liberar a frente das construções. A área verde do National Mall também foi liberada e quem quis se aproximar para levar uma bandeira para casa, conseguiu. A população foi rápida. Em uma hora e meia em que a reportagem esteve ali, já não havia mais bandeiras. "Foi de partir o coração não estar presente mas agora poderei compartilhar esta lembrança com amigos e celebrar a democracia" disse Elaine Leavenworth que levava para casa as recordações que entregaria, segundo ela, a familiares e amigos. Marlin, outra americana que carregava as bandeiras do evento disse: "Estou muito feliz e orgulhosa, essas cores nos representam e são o símbolo da democracia"
Elaine Leavenworth após a escolha das bandeiras do evento de posse que levou para casa. Foto: Patrícia Vasconcellos
Marlin escolheu também a bandeira do estado de Indiana. Foto: Patrícia Vasconcellos
A Avenida Pensilvânia, que em parte de sua extensão liga o Capitólio à Casa Branca também já estava liberada nas primeiras horas do dia após o evento. Ali, o único sinal da festa virtual eram bandeiras pequenas ainda posicionadas no alto. As barras de concreto que interditavam as ruas foram colocadas de lado e a grande maioria dos vinte e cinco mil homens e mulheres da Guarda Nacional já partiu. Alguns são vistos nas imediações do Capitólio mas os grupos grandes de militares hospedados no hotel onde também estão muitos jornalistas estrangeiros - inclusive esta que escreve o texto - já partiram. Um ciclista que passeava pela capital americana e que foi parado pela reportagem para uma entrevista disse: "Há tempos não sabemos o que é normalidade. A pandemia, os protestos, a invasão recente ao Capitólio mas agora o National Mall está de novo aberto e eu espero que em breve seja de novo ocupado pela população que vem aqui passar bons momentos"
Grades de ferro no chão após serem retiradas da frente dos edifícios públicos de Washington DC. Foto: Patrícia Vasconcellos
Joe Biden passou os dois primeiros dias a frente do governo americano na Casa Branca, um dos locais em Washington que continua protegido por grades que cercam vários quarteirões (ordem do governo Trump).
O palco para o evento do dia 20 de janeiro ainda pode ser visto em frente a Casa Branca nesta sexta-feira, dia 22 de janeiro. A sede do poder executivo que também é a residência do presidente americano é uma das edificações que continuam totalmente cercadas por grades de ferro. Foto: Patrícia Vasconcellos
Em poucas horas assinou mais de vinte ordens executivas alterando decisões da administração Trump. As mais emblemáticas - e as primeiras - a volta dos Estados Unidos ao acordo de Paris, à OMS, a paralisação das obras do muro na fronteira com o México, a liberação da entrada no país de pessoas muçulmanas e as novas regras para contenção da Covid19 como a obrigatoriedade de quarentena a todos que chegarem aos Estados Unidos independentemente do resultado do exame para detecção do novo coronavírus.
Jo
Nas ruas, a sensação é de que a tensão se foi especialmente pela liberação dos acessos. O gramado do National Mall, agora verde de novo com o céu azul, lembra a Washington de todos os dias.
O National Mall e o obelisco com a área verde livre poucas horas depois que o local foi aberto ao público. Os americanos levaram para casa as bandeiras que foram colocadas ali em representação a eles. Foto: Patrícia Vasconcellos
O National Mall com o gramado repleto de bandeiras americanas. Foto: Patrícia Vasconcellos
O Capitólio dos Estados Unidos e as milhares de bandeiras dos 50 estados americanos. Foto: Patrícia Vasconcellos
No dia seguinte à posse, em uma caminhada, a capital Washington já era outra. As grades de ferro que cercavam os edifícios públicos estavam sendo retiradas e os caminhões e os jipes militares foram substituidos por empilhadeiras que transitavam para lá e para cá num trabalho rápido para liberar a frente das construções. A área verde do National Mall também foi liberada e quem quis se aproximar para levar uma bandeira para casa, conseguiu. A população foi rápida. Em uma hora e meia em que a reportagem esteve ali, já não havia mais bandeiras. "Foi de partir o coração não estar presente mas agora poderei compartilhar esta lembrança com amigos e celebrar a democracia" disse Elaine Leavenworth que levava para casa as recordações que entregaria, segundo ela, a familiares e amigos. Marlin, outra americana que carregava as bandeiras do evento disse: "Estou muito feliz e orgulhosa, essas cores nos representam e são o símbolo da democracia"
Elaine Leavenworth após a escolha das bandeiras do evento de posse que levou para casa. Foto: Patrícia Vasconcellos
Marlin escolheu também a bandeira do estado de Indiana. Foto: Patrícia Vasconcellos
A Avenida Pensilvânia, que em parte de sua extensão liga o Capitólio à Casa Branca também já estava liberada nas primeiras horas do dia após o evento. Ali, o único sinal da festa virtual eram bandeiras pequenas ainda posicionadas no alto. As barras de concreto que interditavam as ruas foram colocadas de lado e a grande maioria dos vinte e cinco mil homens e mulheres da Guarda Nacional já partiu. Alguns são vistos nas imediações do Capitólio mas os grupos grandes de militares hospedados no hotel onde também estão muitos jornalistas estrangeiros - inclusive esta que escreve o texto - já partiram. Um ciclista que passeava pela capital americana e que foi parado pela reportagem para uma entrevista disse: "Há tempos não sabemos o que é normalidade. A pandemia, os protestos, a invasão recente ao Capitólio mas agora o National Mall está de novo aberto e eu espero que em breve seja de novo ocupado pela população que vem aqui passar bons momentos"
Grades de ferro no chão após serem retiradas da frente dos edifícios públicos de Washington DC. Foto: Patrícia Vasconcellos
Joe Biden passou os dois primeiros dias a frente do governo americano na Casa Branca, um dos locais em Washington que continua protegido por grades que cercam vários quarteirões (ordem do governo Trump).
O palco para o evento do dia 20 de janeiro ainda pode ser visto em frente a Casa Branca nesta sexta-feira, dia 22 de janeiro. A sede do poder executivo que também é a residência do presidente americano é uma das edificações que continuam totalmente cercadas por grades de ferro. Foto: Patrícia Vasconcellos
Em poucas horas assinou mais de vinte ordens executivas alterando decisões da administração Trump. As mais emblemáticas - e as primeiras - a volta dos Estados Unidos ao acordo de Paris, à OMS, a paralisação das obras do muro na fronteira com o México, a liberação da entrada no país de pessoas muçulmanas e as novas regras para contenção da Covid19 como a obrigatoriedade de quarentena a todos que chegarem aos Estados Unidos independentemente do resultado do exame para detecção do novo coronavírus.
Jo
Nas ruas, a sensação é de que a tensão se foi especialmente pela liberação dos acessos. O gramado do National Mall, agora verde de novo com o céu azul, lembra a Washington de todos os dias.
O National Mall e o obelisco com a área verde livre poucas horas depois que o local foi aberto ao público. Os americanos levaram para casa as bandeiras que foram colocadas ali em representação a eles. Foto: Patrícia Vasconcellos
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