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Papa Francisco diz que aborto não é assunto "primariamente" religioso

Pontífice afirmou que o tema é de ética humana, "anterior a qualquer confissão religiosa". Argentina quer mudar lei e assegurar interrupção da gravidez até a 14ª semana

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Papa Francisco acena para fiéis
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Diante do projeto de lei que visa legalizar o aborto na Argentina até a 14ª semana de gravidez, o Papa Francisco afirmou, em carta, que o tema "não é um assunto primariamente religioso, mas de ética humana".

O presidente argentino Alberto Fernandez enviou o projeto ao congresso em 17 de novembro, que prevê não tornar crime a interrupção da gravidez na 14ª semana de gestação, além de permitir o ato em qualquer momento se a gravidez for fruto de estupro.

O pontífice deu a declaração em resposta a deputada Victora Morales Gorleri, agradecendo por uma carta enviada por mulheres representantes da "onda celeste". Na Argentina, esse movimento "azul" é contra o aborto e tenta impedir o avanço da "onda verde", de instituições e representantes favoráveis à legalização.

Para Francisco, o aborto é "anterior a qualquer confissão religiosa", já que a morte (ou assassinato) é um contexto humano.

Ainda na carta, o chefe da igreja católica agradeceu, afirmando que "a pátria está orgulhosa de ter mulheres assim", em referência às apoiadoras da "onda celeste".

O projeto prevê inserir, além das mudanças citadas acima, o encaminhamento de pacientes por parte de médicos contrários ao aborto a outros profissionais que são favoráveis ao tema.
 
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