MPRS denuncia Nego Di e esposa por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso
Humorista é acusado de realizar rifas virtuais e não entregar os produtos prometidos no anúncio
Paulo Sabbadin
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou o influenciador digital Nego Di e a esposa dele, Gabriela Sousa, pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais.
Nego Di e Gabriela foram alvo de uma operação do MP em 12 de julho deste ano, em Santa Catarina. Segundo a promotoria, após análise de documentos e celulares apreendidos "foi possível ter uma dimensão exata das infrações penais praticadas e dos valores obtidos pelo casal".
A defesa dos denunciados afirmou estar "munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita", e que os bens apreendidos "foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio".
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) negou, na quarta-feira (4), mais um pedido de liberdade feito pela defesa do influenciador. A decisão também manteve a prisão de seu sócio na empresa Tadizueira, Anderson Boneti.
Por que Nego Di está preso?
Nego Di está preso desde 14 de julho. Ele é acusado da prática de crimes de estelionato qualificado. A investigação identificou movimentações financeiras na conta dele que ultrapassaram R$ 5 milhões em 2022.
Na época, o humorista realizou uma série de rifas virtuais, mas não entregou os produtos prometidos no anúncio. Ao todo, foram pelo menos 370 vítimas. Ele também é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro, fraude tributária e rifa eletrônica.