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Justiça

STF reconhece grampo ilegal na cela de Alberto Youssef durante a Operação Lava Jato

Ministro Dias Toffoli retirou o sigilo das gravações em ação que apura a responsabilidade do ex-juiz Sérgio Moro nos grampos

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu a existência de grampos ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef, nas dependências da carceragem da Polícia Federal, em 2014, durante a primeira fase da Operação Lava Jato.

A medida está relacionada à ação que investiga a responsabilidade do senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, na instalação dos grampos ilegais. Moro deixou a magistratura em 2018 para se tornar ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro.

A defesa de Youssef afirma que obteve, apenas neste ano, acesso ao HD externo com as gravações. Durante 10 anos, o equipamento estaria guardado na secretaria da 13ª Vara Federal de Curitiba.

"O ex-Juiz Sérgio Fernando Moro manobrou para negar acesso, impedindo o conhecimento dos nobres advogados, o que, evidentemente, configura cerceamento de defesa, ou, no mínimo, grave transgressão disciplinar", alega a defesa do doleiro na ação.

Em sua decisão, Toffoli retirou o sigilo das gravações e encaminhou as informações a autoridades competentes, para que tomem as medidas cabíveis, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Advocacia Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Justiça, a Diretoria Geral da Polícia Federal, e a Presidência do Congresso Nacional.

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