Motorista de Porsche é transferido para presídio em Guarulhos
Secretaria da Administração Penitenciária tenta encontrar uma vaga para Fernando Sastre Filho, que pode ir para Tremembé, o "presídio dos famosos"
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia um Porsche e matou um motorista de aplicativo, em São Paulo, ingressou n Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na noite desta terça-feira (7). À tarde, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de habeas corpus feito pela defesa.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) tenta encontrar uma vaga para Fernando numa unidade prisional e existe a possibilidade de que ele seja transferido para a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, também conhecida como P2 de Tremembé.
Dois ministros da 5ª Turma do STJ seguiram a relatora, que sugeriu que ele cumpra a prisão nessa unidade, famosa por abrigar presos envolvidos em casos famosos e de repercussão.
Localizada a cerca de 150 km da capital, a P2 tem capacidade para 584 presos. Há dois pavilhões de regime fechado e uma ala para os presos do semiaberto. O filho de Pelé, Edinho, que foi preso por tráfico de drogas, e Mizael Bispo, que cumpriu pena por matar Mércia Nakashima, já passaram por lá.
Quem também esteve no presídio, por 16 anos, foi Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato da filha, Isabelle Nardoni, de cinco anos, em 2008. Nesta semana, ele conseguiu progressão para o regime aberto. O Ministério Público recorreu da decisão.
Entre os detentos mais conhecidos com passagem por Tremembé também estão Cristian Cravinhos, Guilherme Longo, Roger Abdelmassih, Lindemberg Alves e Gil Rugai.
Robinho
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que o jogador Robinho cumpra no Brasil a pena de sua condenação na Itália, de nove anos de prisão, pelo estupro de uma jovem albanesa.
Robinho se entregou à polícia em 21 de março deste ano, na cidade de Santos, no litoral paulista, e foi encaminhado para o presídio de Tremembé.
Guilherme Longo
Guilherme Longo foi condenado a 40 anos de prisão pela morte do enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em 2013.
Longo aplicou uma alta dose de insulina na criança, que tinha diabetes, e depois jogou o corpo em um córrego próximo à casa da família. Segundo o Ministério Público, ele teria utilizado 166 unidades da substância para matar Joaquim.
Cristian Cravinhos
Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e seis de prisão pelo assassinato do casal Von Richthofen, em 2002. Ele é irmão de Daniel Cravinhos, na época namorado de Suzane von Richtofen. Os três confessaram o crime.
Em 2022, a Justiça concedeu a Cristian a progressão para o regime semiaberto. Em 2017, ele chegou a ir para o regime aberto – quando se cumpre a pena fora da prisão – mas perdeu o benefício depois de uma confusão em um bar em que tentou subornar policiais.
Lindemberg Alves
Lindemberg Alves foi condenado a 39 anos, 3 meses e 10 dias de prisão pelo assassinato da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, em 2008.
A jovem, de 15 anos, tinha terminado o namoro com Lindemberg. Ele entrou armado no prédio onde Eloá morava e a fez refém, junto a outros três amigos que estavam no apartamento fazendo um trabalho de escola.
Quando a polícia invadiu o apartamento, após mais de 100 horas de sequestro, Lindemberg matou a jovem com dois tiros e feriu uma amiga dela, Nayara.
No fim de 2022, ele conseguiu a progressão para o regime semiaberto.
Roger Abdelmassih
O ex-médico Roger Abdelmassih cumpre pena de mais de 173 anos de prisão por estupros, atentados violentos ao pudor e atos libidinosos contra 37 mulheres, ocorridos de 1995 a 2008. Ele era, na época, um dos maiores especialistas em reprodução humana do Brasil.
Em 2023, a Justiça de São Paulo negou um pedido feito pela defesa de Abdelmassih para que ele fosse transferido para uma "prisão domiciliar humanitária".
Gil Rugai
O seminarista e publicitário Gil Rugai foi condenado a mais de 33 anos de prisão pelo assassinato do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em 2004. Os dois foram mortos com 11 tiros.
Segundo as investigações, os homicídios aconteceram após Gil ter sido demitido da produtora que pertencia ao seu pai.
Desde 2021, ele cumpre pena no regime semiaberto.