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Justiça

Morte de delator do PCC: Justiça decreta prisão de segundo suspeito pelo crime

Suspeito fez um Pix de R$ 5 mil para homem que seguiu o empresário Antônio Vinícius Gritzbach dentro do Aeroporto de Guarulhos (SP)

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A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira (22), a prisão de mais um suspeito de participar do assassinato do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC.

Matheus Augusto de Castro Mota teve a prisão decretada e está foragido. Segundo policiais, ele fez um Pix de R$ 5 mil para Kauê do Amaral Coelho, o homem que seguiu Gritzbach, no saguão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, há duas semanas.

O pagamento teria sido feito depois da morte de Antônio Vinícius. Ele foi executado por dois homens armados com fuzis, na saída do Terminal 2 do aeroporto.

Assim como Kauê, que teve a prisão decretada na semana passada, Matheus conseguiu escapar da polícia. Ele também teria fornecido os carros usados na fuga dos criminosos, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Nesta sexta-feira, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Matheus, em um sítio na Grande São Paulo. O caseiro acabou preso porque tinha uma arma irregular.

Antônio Vinícius era responsável pela lavagem de dinheiro de traficantes de drogas ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele também foi acusado de ser o mandante do assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, executado em dezembro de 2021, na zona leste da capital paulista.

O empresário também era um delator. Ele fez um acordo com promotores de Justiça e entregou negócios de criminosos e uma lista de policiais civis corruptos.

Nove policiais militares que trabalhavam como seguranças de Antônio Vinícius também tiveram as casas vasculhadas pela Corregedoria da Polícia Militar (PM). Foram apreendidos computadores e telefones celulares. Entre os militares suspeitos, está um policial que trabalhou na Rota - batalhão apontado como a elite da PM de São Paulo.

Os PMs foram afastados das ruas porque trabalhavam, ao mesmo tempo, como homens da lei e seguranças de um empresário ligado ao crime organizado.

Pelo menos quatro policiais estavam na escolta de Antônio Vinícius no dia em que ele foi executado no aeroporto. Eles não teriam chegado a tempo do desembarque por causa de um suposto defeito mecânico no carro blindado que usavam. Os PMs pararam em um posto de combustíveis. A coincidência impressionante chamou a atenção dos policiais que investigam a morte do delator.

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