Publicidade

Moraes mantém prisão de delegado acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco

Rivaldo Barbosa teria atrapalhado as investigações para garantir a impunidade dos executores e mandantes do crime; ministro alegou periculosidade social

Moraes mantém prisão de delegado acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco
Ministro Alexandre de Moraes | TSE
Publicidade

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na sexta-feira (17), o pedido de liberdade feito pela defesa do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Ele está preso desde o dia 24 de março, acusado de ter envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

+ Como o então chefe da Polícia Civil do Rio ajudou a planejar o assassinato de Marielle

Na decisão, Moraes enfatizou que a periculosidade social e a gravidade das condutas atribuídas a Barbosa, aliadas à necessidade de resguardar a aplicação da lei penal e a ordem pública, justificam a manutenção da prisão. O ministro observou ainda que o elo entre o acusado e a milícia do Rio de Janeiro elevam sua periculosidade.

“Rivaldo Barbosa teria sido um dos arquitetos de toda a empreitada criminosa e peça fundamental em sua execução. Assim, detém conhecimento sobre todos os elementos probatórios nucleares para a investigação, de modo que poderá, em liberdade, empreender esforços com o fim de afastá-los do alcance da Polícia Judiciária”, disse Moraes.

Caso Marielle

O crime ocorreu no dia 14 de março de 2018. Na data, Marielle voltava de um evento na Lapa quando o carro em que estava foi atingido por vários disparos. Dos tiros, quatro atingiram a vereadora, sendo três na cabeça e um no pescoço, e três, Anderson. Fernanda Chaves, assessora de Marielle, também estava no veículo, mas sobreviveu.

A arma usada no assassinato foi uma pistola 9 milímetros, segundo a polícia. Desde o início, os investigadores apontaram que o crime foi premeditado, uma vez que, pela direção dos disparos contra o carro, os assassinos sabiam onde Marielle estava sentada, mesmo com os vidros do veículo cobertos com película escura.

A suspeita foi confirmada logo depois. Em 2019, a polícia chegou ao executor da morte de Marielle: o ex-policial militar Ronnie Lessa. Ele foi preso pela participação nos assassinatos e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime. Este ano, Lessa revelou os mandantes.

De acordo com os relatos, a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Ambos foram presos no dia 24 de março, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, e denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em relação à Barbosa, a polícia aponta que ele teria encoberto o crime e atrapalhado as investigações, de modo a garantir a impunidade dos executores e dos mandantes. O agente havia assumido o Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época, pouco antes de tomar posse, um dia antes do crime, como chefe da corporação.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Justiça
STF
Alexandre de Moraes
Marielle Franco
Rivaldo Barbosa

Últimas notícias

Tarcísio defende Bolsonaro e afirma que indiciamento "carece de provas"

Tarcísio defende Bolsonaro e afirma que indiciamento "carece de provas"

Ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em plano golpista orquestrado por militares
Alta dos preços na ceia de Natal 2024 pesa no bolso dos brasileiros

Alta dos preços na ceia de Natal 2024 pesa no bolso dos brasileiros

Carnes e sucos tiveram aumentos entre 12% e 19%, impactando diretamente o custo das ceias de fim de ano; Azeite foi o maior vilão, com 21,3% de alta
Golpistas se aproveitam da Black Friday para aplicar golpes online

Golpistas se aproveitam da Black Friday para aplicar golpes online

Tentativas de acesso a sites falsos aumentaram 35% em outubro, em relação ao mês anterior
Feirão SPC Brasil oferece até 99% de desconto para quitar dívidas

Feirão SPC Brasil oferece até 99% de desconto para quitar dívidas

Campanha começou nesta quinta-feira (21) e possibilita negociação de débitos online até 10 de dezembro
Indiciamentos mostram que comissão do 8/1 "estava no caminho certo", diz senadora

Indiciamentos mostram que comissão do 8/1 "estava no caminho certo", diz senadora

Congressistas comentaram os indiciamentos na investigação sobre golpe de Estado; Boulos disse que pedirá cassação do mandato de Ramagem
Câncer de próstata é a causa de morte de um homem a cada 30 minutos no Brasil

Câncer de próstata é a causa de morte de um homem a cada 30 minutos no Brasil

Diagnóstico precoce da doença pode garantir até 90% de chance de cura
Bolsonaro não deve ser preso após indiciamento, avalia advogado criminalista

Bolsonaro não deve ser preso após indiciamento, avalia advogado criminalista

Especialista sinaliza que detenção só deve ocorrer se o ex-presidente, investigado por golpe de estado, atrapalhar a polícia ou se for condenado
Haddad anuncia bloqueio de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024 e adia, mais uma vez, definição sobre corte de gastos

Haddad anuncia bloqueio de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024 e adia, mais uma vez, definição sobre corte de gastos

Novo prazo para a apresentação das medidas para reduzir gastos do governo, segundo o ministro da Fazenda, é a próxima terça-feira (26)
Faturamento da Black Friday de 2024 deve chegar a R$ 5,2 Bilhões, aponta CNC

Faturamento da Black Friday de 2024 deve chegar a R$ 5,2 Bilhões, aponta CNC

Móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos lideram interesse dos brasileiros; expectativa é que as vendas superem em 0,04% a edição do ano passado
Policial que matou estudante de medicina é indiciado por homicídio doloso

Policial que matou estudante de medicina é indiciado por homicídio doloso

Marco Aurélio Cárdenas Acosta, de 22 anos, foi morto com tiro à queima-roupa durante uma abordagem da Polícia Militar de São Paulo
Publicidade
Publicidade