Homem que esquartejou morador de rua com serra elétrica é condenado em MG; relembre o caso
Justiça substituiu prisão por internação psiquiátrica; ele "comprava coelhos no mercado e os matava para sentir mais aliviado e calmo", diz juíza
SBT News
Estado de Minas
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou em oito anos e oito meses de reclusão Matheus Peixoto de Barros, de 25 anos, nesta quarta-feira (29). Ele é acusado de matar e esquartejar um morador em situação de rua. O crime ocorreu em 1º de fevereiro de 2023, em Belo Horizonte.
Inicialmente, o réu foi condenado a 13 anos de cadeia, mas um laudo de semi-imputabilidade reduziu a pena, de acordo com a decisão da juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto. O documento mostra que, no momento do crime, ele não tinha capacidade total de entender o que estava fazendo.
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Na sentença, a magistrada considerou que o acusado demonstrou frieza durante o processo judicial. Ele "comprava coelhos no mercado e os matava para sentir mais aliviado e calmo", afirmou a magistrada. Matheus chegou cumprir medida socioeducativa quando era adolescente por matar a própria mãe.
Apesar da condenação, a Justiça aceitou um pedido do Ministério Público e da defesa do acusado para substituir a reclusão pela internação do réu em um unidade psiquiátrica especializada por pelo menos três anos. Ele só será enviado à penitenciária comum com novas perícias.
Relembre o caso
O acusado, levado a júri popular, respondia por homicídio duplamente qualificado, com as agravantes de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com as investigações, ele atraiu a vítima, de 31 anos, para seu apartamento durante a madrugada e lhe deu um remédio para adormecer. Em seguida, matou o homem com o uso de uma serra elétrica e esquartejou o corpo.
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Após o assassinato, o Matheus saiu pelas ruas do bairro em busca de um local para se livrar das partes do corpo, que foram descartadas em uma caçamba de entulho.
A polícia apreendeu uma serra elétrica com vestígios de sangue no local do crime. Para o delegado Frederico Abelha, chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, a compra da ferramenta poucos dias antes do assassinato reforçou a suspeita de que o crime foi planejado. "A gente acredita que foi premeditado", disse o delegado em coletiva de imprensa na época.
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Quatro dias depois do crime, o suspeito ligou para sua advogada e informou que havia uma pessoa morta em seu apartamento. Em seguida, ele se internou em um hospital psiquiátrico sob a alegação de surto psicótico. Ele está detido desde então, depois de ter a prisão convertida em preventiva.