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Erro da Justiça deixa pagodeiro preso por quase uma semana em SP

Cantor de Sorocaba tem o mesmo nome de procurado em Pernambuco; “Fui tratado do mesmo jeito, nem animal é tratado assim”, lamentou cantor

Erro da Justiça deixa pagodeiro preso por quase uma semana em SP
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Um pagodeiro foi preso por engano enquanto fazia um show em Sorocaba, interior de São Paulo, por ter o mesmo nome de um homem procurado pela Justiça de Pernambuco. O cantor ficou preso por quase uma semana.

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Elton Paiva da Silva faz parte do grupo de pagode desde 2021 e se apresenta em bares e festas da cidade. O colega de banda, Jeferson Pereira, estava no momento da prisão. “A princípio, houve uma abordagem na entrada do bar. Eles me avisaram, automaticamente o policial falou comigo e mandou chamar o Elton. Aí começou a rolar a abordagem e o pedido de prisão, que foi bem constrangedor”, afirmou.

O cantor foi levado à delegacia, dando início ao pesadelo. “Assim que eu cheguei, não tinha água, não tinha nada. Passei a noite toda sem colchão, sem comer. Eu falava que era inocente, [eles] rindo da minha cada. Eu falei que ia provar que esse lugar não é pra mim”, contou.

O pagodeiro foi confundido com outro homem, de mesmo nome, condenado por assalto à mão armada em agosto de 2022, em Pernambuco. Muitas informações, porém, apontaram que eles não eram a mesma pessoa. O músico é natural de São Paulo, enquanto o verdadeiro criminoso nasceu em Areia (PB). Os dois ainda têm 14 anos de diferença. Nem mesmo todos esses dados foram suficientes para evitar a prisão.

"Eu saí como um marginal, mesmo sendo inocente"

A vítima do erro ficou presa no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba por seis dias, enquanto tentava provar a inocência. Elton teve os cabelos raspados e, do lado de fora, Letícia, companheira do pagodeiro, correu atrás das provas.

Elton foi solto na última sexta-feira (23). “Eu saí como um marginal, mesmo sendo inocente, saí de cabeça baixa. Fui tratado do mesmo jeito, nem animal é tratado assim. Pelo que eu passei, eu espero Justiça. Eu paguei por algo que nunca fiz na minha vida”, disse o pagodeiro.

“Eu espero que os danos causados a ele, ao grupo, ele teve agenda cancelada, ficou sem trabalhar e exposto a várias situações”, lamentou Letícia. “A moral do grupo vai voltar, vamos mover processo contra o Estado. Vamos pra cima, não pode ficar assim como ficou”, disse o colega Jefferson.

Na decisão de soltura, o juiz responsável argumentou que o mandado de prisão expedido pelo fórum pernambucano foi adastrado de forma equivocada no registro judiciário individual do cantor Elton. Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que iniciou apuração na unidade judiciária responsável pelo caso.

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