Após voto de relator contra cassação, Moro tem primeira vitória em julgamento; veja próximos passos
Sessão será retomada nesta quarta (3), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná; ainda faltam votos de seis membros da corte
O julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná que pode cassar senador Sergio Moro (União Brasil-PR) começou nessa segunda (1º). Após voto do relator do caso, Luciano Carrasco Falavinha Souza, contra a perda de mandato, houve pedido de vista, e a sessão será retomada nesta quarta (3). Faltam votos de seis membros da corte.
O Brasil Agora desta terça (2), apresentado por Iasmin Costa e Murilo Fagundes, traz análise do jornalista Leonardo Cavalcanti sobre os próximos passos do processo. Além da retomada amanhã, ainda há uma terceira e última sessão reservada para o julgamento, na próxima segunda (8).
Para o repórter do SBT News, o caso ainda chegará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá dar a decisão final.
"O processo, independentemente do resultado, vai para o TSE. A questão é de quanto tempo passaria inelegível. Se vai até 2032, deixa sonho político guardado até lá. É um custo político para ele", analisa Cavalcanti, que traçou paralelo entre as carreiras políticas de Moro e Deltan Dallagnol.
O ex-procurador da República atuou na Lava Jato quando Moro era juiz e teve mandato de deputado cassado em 2023 pelo TSE por fraude à Lei da Ficha Limpa. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Dallagnol comemorou o voto do relator favorável a Moro, chamando o posicionamento de "histórico".
+ Brasil Agora: STF contra intervenção militar; Pacheco retoma desoneração para municípios
"São personagens que não diziam que queriam ir para a política e acabaram indo. E também personagens com dificuldades no campo da política. Postagem de Deltan mostra religação entre os dois", apontou Cavalcanti.
Duas ações, movidas pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), acusam Moro de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, quando o ex-juiz da Lava Jato recebeu mais de 1,9 milhão de votos e chegou ao Senado Federal.