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Justiça

"Querem culpar o meu filho pelo que aconteceu", diz mãe do menino Miguel

Recursos de apelação do caso serão julgados. Criança caiu do 9º andar de prédio após ser deixado sozinho por Sari Corte Real

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Montagem de fotos com mulher branca e loira sorrindo para a foto e, à direita mulher negra abraçada com garotinho negro
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Serão julgados nesta 4ª feira (8.nov) os recursos de apelação do caso Miguel Otávio, na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O menino de cinco anos caiu do 9º andar de um prédio após ter sido deixado sozinho por Sari Corte Real, então patroa da mãe da criança, em junho de 2020. 

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A mulher já foi condenada a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte, mas ainda está em liberdade, já que cabem recursos ao julgamento. Os advogados da família de Miguel pedem o aumento da pena, enquanto os defensores da ré pedem que a sentença seja anulada. Os dois pedidos foram negados pelo Ministério Público. 

O relator do caso está a cargo do desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio. Como cabem recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília (DF), mesmo que a sentença seja ampliada ou mantida, Sari Corte Real pode não ser presa. 

Mirtes Renata, mãe de Miguel, afirmou que a expectativa é que os desembargadores aceitem os recursos, como o aumento da pena. Movimentos sociais farão um ato de apoio durante o julgamento, na frente do tribunal, pedindo justiça e a prisão de Sari Corte Real. 

"As imagens por si só mostram o crime que ela cometeu. Eles [os advogados da ré] não só dizem que Sari não cometeu um crime, mas querem culpar o meu filho pelo que aconteceu. Uma criança de apenas cinco anos de idade, que não tinha noção nenhuma do perigo. Ela, como adulta, de mais de 30 anos de idade, mãe de duas crianças, sabe o que pode acontecer com uma criança solta em um lugar que ela não conhece. É um absurdo essa estratégia de defesa", lamentou Mirtes. 

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